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NANQUIM DESCARTÁVEL # 1

1 dezembro 2007


Título: NANQUIM DESCARTÁVEL # 1 (HQ
em Foco
- Revista independente)

Autores: Daniel Esteves (roteiro), Wanderson de Souza, Júlio Brilha, Alex Rodrigues, Wagner de Souza, Mario Mancuso e Bira Dantas (desenhos).

Preço: R$ 5,00

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Outubro de 2007

Sinopse: Ju e Sandra são amigas, moram juntas e adoram quadrinhos. Gostam tanto que passam seu tempo livre tentando criar sua própria revista.

Tuba também é fã de quadrinhos e gosta mais ainda de mulheres. Por isso, nem é preciso dizer que ele vai adorar conhecer e fazer parte da vida dessas duas garotas.

Positivo/Negativo: Nanquim Descartável tinha tudo para ser uma revista excelente. Bons desenhistas, personagens que causam uma fácil identificação com o leitor e uma história descompromissada e divertida. Contudo, este primeiro número pecou em algumas decisões editoriais.

Um dos problemas dos números de estréia de uma trama contínua é que eles precisam apresentar os personagens e, muitas vezes, não entram de cara numa trama interessante. É isso que acontece nesta edição. A impressão é que falta uma boa história, porque a história é, justamente, a apresentação de Ju, Sandra e Tuba.

Isso poderia ser divertido se não ficasse redundante. Já na contracapa existe uma descrição minuciosa dos personagens. Ou seja, passa-se a edição inteira praticamente revendo e redescobrindo aos poucos o que se logo que pegou a revista.

Essa descrição dos personagens poderia ter sido guardada para uma segunda ou terceira edição e, naquele espaço, o editor poderia ter colocado, por exemplo, uma matéria sobre Estranhos no Paraíso. A HQ de Terry Moore não só é citada ostensivamente (as capas das revistas aparecem, as garotas moram no bairro Paraíso), como tem uma relação com a trama, pois, em determinado momento, Tuba começa a achar que as duas garotas são lésbicas por gostarem da série. É uma referência que, quem nunca ouviu falar de ENP, não conseguirá entender.

Felizmente, a arte compensa, com o trabalho de vários desenhistas excelentes. Ainda assim, cabe uma observação: talvez fosse o caso de, nas próximas edições, maneirar um pouco nas variações de estilos.

Para se ter uma idéia, um dos desenhistas, Wanderson de Souza, trabalha com estilos tão diferentes em dois momentos da revista, que chega a ser difícil acreditar que se trata do mesmo artista.

Felizmente, as páginas estão divididas de forma às variações terem um certo sentido com a narrativa da história, não ficando tão bruscas. Contudo, seria bom existir uma coerência visual, pelo menos, dentro de cada história.

Apesar desta edição não ser tão boa, vale a pena lê-la e esperar pelo próximo número, pois a revista tem todos os elementos necessários para se tornar uma boa história em quadrinhos.

Classificação:

4,0

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