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NOVOS TITÃS # 10

1 dezembro 2005


Título: NOVOS TITÃS # 10 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Novos Titãs - Geoff Johns (roteiro) e Mike McKone
(desenhos);

Renegados - Judd Winick (roteiro) e Will Conrad (desenhos);

Aves de Rapina - Gail Simone (roteiro) e Michael Gowen (desenhos);

Robin - Bill Willingham (roteiro) e Francisco Rodriguez De La Fuente
(desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Abril de 2005

Sinopse: Novos Titãs - Seguindo os estranhos sinais de Ravena,
os Titãs vão ao esconderijo da Igreja de Sangue.

Renegados - Três meses depois de ter sido baleado, Arsenal se prepara
para voltar à ativa. Mas um choque como este pode deixar traumas muito
profundos, que vão além das cicatrizes físicas.

Aves de Rapina - Canário Negro descobre nos arquivos de sua mãe
pistas valiosas para esclarecer o caso do Senador Pullman.

Robin - Jack Drake enfrenta o Batman para "salvar" seu filho.

Positivo/Negativo: A ação está de volta às páginas de Novos
Titãs
. As aparentes tentativas de Ravena em contatar os únicos que
podem lhe ajudar se tornam gigantescas ameaças sobrenaturais a São Francisco.
O novo Irmão Sangue é uma figura assustadora, que introduz uma nova revisão
da natureza do relacionamento dos Titãs com suas figuras paternas.

Curioso ver como Robin é retratado de maneiras diferentes por Geoff Johns
e Bill Willingham em histórias que saíram no mesmo mês nos Estados Unidos.
Na narrativa de Johns, apesar das dúvidas e do ressentimento por mentir
para seu pai, Tim continua o mesmo em ação, concentrado e autoconfiante.

O retorno de Arsenal é um dos melhores momentos de Renegados até agora.
A seqüência em que hesita ao salvar um homem de um assalto à mão armada
é marcante.

E não só a personalidade de Roy Harper foi redefinida, como sua condição
serviu para lançar uma luz sobre seus relacionamentos com Grace e Asa
Noturna, que finalmente demonstra atitudes dignas do líder da equipe.

Gail Simone faz um excelente trabalho contando em flashback uma
aventura da Canário Negro original. A roteirista explora muito bem um
elemento pouco comum nos quadrinhos, a identidade secreta de uma super-heroína.

A narrativa por meio dos arquivos pessoais de Canário Negro aproxima um
pouco mais mãe e filha. O retrato de Gotham City na época também é bem
construído e envolvente.

A demissão de Tim Drake como Robin acontece de forma abrupta e sem uma
abordagem dramática convincente. Em parte, isso se deve ao espaço que
o roteirista dedica ao vilão Johnny Warren e ao mafioso Aquista em cenas
pouco relevantes.

Jack Drake continua como um elemento muito forte na trama, mas o clima
tenso na batcaverna é destruído pela tagarelice irônica de Alfred. Se
antes mostrar Batman sorrindo era um tabu entre seus escritores, agora
Willingham o faz sem remorso algum.

O trabalho de Rodriguez De La Fuente continua medíocre, com expressões
faciais deformadas e incompetência para os pequenos detalhes nas tomadas
aéreas e no desenho dos uniformes. Sua última página deixa o final da
história com cara de filme ruim. Asa Noturna e Batman (que por sinal fez
questão de vestir o uniforme enquanto Tim e seu pai conversavam) estão
com uma postura de atores de quinta.

Classificação:

4,0

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