Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
OUÇA
Reviews

NOVOS TITÃS # 15

1 dezembro 2005


Título: NOVOS TITÃS # 15 (Panini Comics) - Revista mensal

Autores: Novos Titãs - Geoff Johns (roteiro) e Tom Grummett (desenhos);

Aves de Rapina - Gail Simone (roteiro) e Ron Adrian (desenhos);

Renegados - Judd Winick (roteiro) e Dam Jurgens (desenhos);

Asa Noturna - Ano Um - Scott Beaty e Chuck Dixon (roteiro) e Scott McDaniel (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2005

Sinopse: Novos Titãs - O responsável pela epidemia de sakutia, a doença que concedia poderes a Mutano, é na verdade o Dr. Register. Infectado por acidente, ele está disposto a sacrificar toda São Francisco para obter a cura por meio da fisiologia de Garth.

Renegados - Depois de mais uma batalha em que um membro da equipe quase perdeu a vida, os Renegados questionam a atuação de seu líder Asa Noturna. Decidida a impedir que o pior aconteça, Jade toma o posto.

Aves de Rapina - Caçadora continua tentando tirar Vixen do complexo do Segundo Éden. Enquanto isso, Bárbara desperta no hospital e começa a descobrir os efeitos do ataque misterioso que recebeu na Torre do Relógio.

Asa Noturna - Ano Um - Dispensado por Batman, Dick Grayson vai até Metrópolis procurando os conselhos de quem mais entende de heroísmo: o Superman. Depois deste encontro, a vida do Menino-Prodígio não seria mais a mesma.

Positivo/Negativo: Mais um arco de Novos Titãs acaba sem ter causado muita coisa. Desta vez, Geoff Johns pôs ainda mais acontecimentos paralelos para tirar o foco da conclusão do confronto entre Garth e o Dr. Register. É tudo tão apressado e pouco desenvolvido, que não deve haver nem dois minutos entre a revelação dos planos do cientista e a volta de Mutano a seu estado normal.

A participação de Aquaman é outra coisa sem propósito algum, ainda mais porque o menino transformado em baleia de quem ele fala e que já havia recebido algum destaque na edição anterior depois é esquecido completamente.

Além disso, fica a impressão de que o roteirista deixou o Dr. Register com um aparência diferente de todos os infectados apenas para poder fazer sua piadinha com o dinossauro Barney, astro de programas infantis.

Aves de Rapina também perdeu qualidade este mês. Primeiro porque mais uma vez Ed Benes é substituído por outro desenhista menos habilidoso no trato com as personagens principais. Depois, porque a roteirista Devin Grayson baixou um pouco o nível das piadas no momento menos oportuno, com Oráculo em estado grave no hospital.

A ação no complexo do Segundo Éden também ficou confusa, com a história dando voltas e Vixen dando reviravoltas em seu comportamento que ficam mal explicadas. Sobre a nova condição de Oráculo, resta ver aonde isso vai levar e quem está por trás disso.

Asa Noturna - Ano Um já engrenou de maneira muito interessante. O crescimento e a transformação de Dick Grayson em Asa Noturna são apresentados com riqueza de detalhes pelos autores.

Chuck Dixon mostra como Dick teve contato com diversos elementos que compõem o personagem, desde o nome até os bastões que usa em combate. Cada detalhe recebe uma importância fundamental para a formação do caráter do herói, que vai descobrindo seu lugar no mundo, distinguindo-se não apenas de seu mentor, mas também do Superman.

Por sua vez, Scott McDaniel retrata esse desenvolvimento nos desenhos. Quando volta para o circo Haly após o encontro com o Superman, Dick já parece mais com um adulto. Até mesmo as cores acompanham esta transformação gradual, criando uma identidade visual para o personagem que o torna ainda mais marcante.

E então vêm Renegados, em que Dick e Arsenal finalmente saem no tapa pela liderança da equipe. Como Judd Winick anunciava desde a primeira edição, adotar uma postura oposta ao relacionamento que havia entre os Titãs não resultaria em mais segurança para o grupo.

Esta edição apenas reafirma essa idéia e a discussão entre os dois é a menos criativa possível, repetindo o lugar-comum da comparação mais óbvia entre Asa Noturna e Batman. Como resposta, Dick joga o passado na cara de Roy de maneira apelativa e, ao final, de novo, esta equipe que não deveria ser mais os Titãs volta ao passado com a chegada de Estelar.

Isso tudo desenhado por Dan Jurgens em sua fase mais medíocre acompanhado por uma nova equipe de coloristas que deixou Jade idêntica à Mulher-Hulk.

 

Classificação:

4,0

Leia também
Já são mais de 570 leitores e ouvintes que apoiam o Universo HQ! Entre neste time!
APOIAR AGORA