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NOVOS TITÃS # 29

1 dezembro 2007


Título: NOVOS TITÃS # 29 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Novos Titãs - Gail Simone (roteiro) e Rob Liefeld (desenhos);

Robin - Mão-de-obra barata - Bill Willingham (roteiro) e Damion Scott (desenhos);

Aves de Rapina - Gail Simone (roteiro), Adriana Melo, Bruce Timm e David Lopez (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Novembro de 2006

Sinopse: Novos Titãs - Robin lidera os Titãs até os domínios de Kestrel para salvar Ravena, que teve seu ego espiritual ferido pelo vilão.

Robin - Nesta edição, duas histórias. O Menino-Prodígio acompanha a equipe do Veterano em uma missão contra monstros alienígenas e conquista ainda mais a admiração de todos. Em seguida, de volta a Blüdhaven, é hora de enfrentar o ataque de um grupo de OMACS à cidade.

Aves de Rapina - Oráculo mudou a base de operações de seu grupo para Metrópolis e depois de uma festa de boas-vindas, ela e suas agentes já partem para a ação aos olhos da mídia.

Positivo/Negativo: A conclusão da aventura em duas partes dos Titãs
desenhada por Rob Liefeld não tem nenhuma surpresa. Depois do gancho do
final da edição anterior, na qual
o verdadeiro plano do vilão se revela, só sobrou mesmo a pancadaria e
o desfecho previsível.

O único detalhe que chama a atenção é que Gail Simone trouxe Robin para a mesma ciranda envolvendo Rapina, Columba, Ravena e Kestrel, todos personagens com nome inspirados em aves. Contudo, a analogia não ganha força suficiente na trama para ser uma obra-prima.

É desnecessário lembrar como o desenho de Liefeld é ruim em todos os aspectos, totalmente defeituoso em seus fundamentos e sem o mínimo estilo para dar atmosfera à trama.

Robin vem se firmando como uma série de ação despretensiosa, sem grandes planos ou vilões a serem derrubados, focada na caracterização do personagem. Neste número, Bill Willingham abandonou as sutilezas e mostrou o Veterano num salto de avião sem pára-quedas que lembra o Capitão América na primeira edição do segundo volume de Os Supremos.

Quanto a essa caracterização, ela vem se firmando como um bom ponto de equilíbrio entre o Tim Drake concentrado e autoconfiante de sempre e os traumas recentes que o Menino-Prodígio sofreu.

A ligação da série com a história de Projeto OMAC, publicado em Contagem Regressiva para Crise Infinita, também satisfaz, pois mantém a ação dentro do clima habitual do título, sem afetar o que o roteirista vem construindo.

Aves de Rapina tem um novo começo após a recuperação de Bárbara e somente agora, depois de 86 edições, as garotas resolvem dar um nome à equipe. No entanto, a qualidade dos roteiros até aqui justificam este "esquecimento".

A primeira parte da aventura, com a festa de boas-vindas para Bárbara em Metrópolis mostra o Simone faz de melhor: bons diálogos focando os lanços afetivos entre os personagens. Agora, quem ganha destaque é Zinda, trazida dos Falcões Negros e que teve uma participação apagada até agora. Sua aproximação de Creote é bem divertida.

Por outro lado, quem vê Asa Noturna conversando com Oráculo e se lembra da cena entre ele e Estelar em Renegados, na edição passada, deve lamentar a maneira como a vida particular deste herói vem sendo tratada por outros escritores.

A relação de Dick Grayson com Bárbara Gordon vem sendo um bom tempero para todos os títulos em que os dois aparecem, mesmo que separados, ao longo dos últimos dez anos. Agora, em Renegados, uma série sem rumo certo, isso vem sendo alterado sem razões convincentes.

Na segunda parte, o destaque é para a participação de Bruce Timm, desenhando a Canário Negro em ação em Metrópolis.

Classificação:

4,0

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