Confins do Universo 202 - Guerras Secretas: 40 anos depois
OUÇA
Reviews

O BORDEL DAS MUSAS # 1 - TOULOUSE-LAUTREC NO MOULIN ROUGE

1 dezembro 2006


Título: O BORDEL DAS MUSAS # 1 - TOULOUSE-LAUTREC NO MOULIN
ROUGE
(Jorge
Zahar Editor
) - Edição especial
Autores: Gradimir Smudja (texto e arte).

Preço: R$ 39,00

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Maio de 2005

Sinopse: Conde riquíssimo, pintor talentosíssimo, mulherengo fracassado e anão, Toulouse-Lautrec era uma celebridade na Paris do fim do século 19, em especial no bordel Moulin Rouge, onde fez fama entre os boêmios e eternizou o clima das noites de Montmartre em cartazes estonteantes.

O álbum apresenta um grande delírio sobre aqueles dias.

Positivo/Negativo: O Moulin Rouge é o mais lendário dos bordéis de todos os tempos. Tanto que até hoje inspira não só filmes e livros, mas também o nome de casas de diversos níveis de meretrício em todos os cantos do mundo.

A figura de um conde anão e pintor no bordel já fez com que muitos criadores não resistissem ao delírio. O diretor de cinema Baz Luhrmann foi o autor que chegou mais longe, justamente em um musical cinematográfico batizado com o nome da casa de espetáculos, estrelado por Ewan McGregor e Nicole Kidman e com John Leguizamo no papel do pequeno pintor.

Smudja também delira. Sua viagem é mais fantasiosa que espetacular - como se fosse um longuíssimo episódio de Little Nemo in Slumberland. Em seu passeio pelo mundo do impressionismo, Lautrec fica gigante em um sonho, vai ao Louvre, encontra Bernard, os dois irmãos Van Gogh, Degas, Rodin, Seurat, Cézanne, Gauguin e Renoir.

Não importa que esteja sonhando ou acordado - o tom é sempre um tanto fora da realidade, graças ao estilo provocante do autor, que emula os grandes clássicos em sua arte - um misto de pintura, colagem, desenho e sabe-se lá o que mais usado para construir uma imagem tão poderosa.

Ainda que o texto do iugoslavo nascido em 1956 seja competente e divertido, é no desenho que o autor ganha o leitor. Cada quadro é uma pequena preciosidade, com suas cores de encher os olhos e suas citações intermináveis à História da Arte.

A edição segue o padrão recente da Jorge Zahar, com capa flip, impressão primorosa e papel couché de boa gramatura.

 

Classificação:

4,0

Leia também
Já são mais de 570 leitores e ouvintes que apoiam o Universo HQ! Entre neste time!
APOIAR AGORA