Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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OS MELHORES DO MUNDO # 7

1 dezembro 2008


Autores: Quem é a Mulher-Maravilha? - Allan Heinberg (texto), Terry Dodson (desenhos), Rachel Dodson (arte-final) e Alex Sinclair (cores);

Busca veloz - Danny Bilson, Paul Demeo (texto), Ron Adrian (desenhos p. 29 a 39 e 44 a 50), Rob Lea, Alex Lei (arte-final p. 29 a 39 e 44 a 50), Art Thibert (arte p. 39 a 43), Richard Horie e Tanya Horie (cores);

A Legião dos Super-Heróis - Mark Waid (texto), Barry Kitson (desenhos), Mick Grey (arte-final) e Nathan Eyring (cores);

A princesa de Alytt - Ron Marz (texto), Paco Diaz (arte), Yvel Guichet (desenhos), Joe Rubinstein (arte-final), Richard Horie e Tanya Horie (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: Quem é a Mulher-Maravilha? - Os inimigos da Mulher-Maravilha estão reunidos para derrotá-la. Mas os maiores heróis da DC surgem para ajudar Diana em sua grande batalha.

Busca veloz - O Flash Bart Allen se muda para Los Angeles e logo dá de cara com um Abrakadabra, inimigo de seu antecessor.

A Legião dos Super-Heróis - A Legião do Super-Heróis leva Supergirl a Kandor.

A princesa de Alytt - No distante Alytt, planeta devastado anteriormente por Nero, Íon precisa mostrar seu valor em uma série de combates.

Positivo/Negativo: Esta edição marca o fim da fase que uniu Allan Heinberg e o casal Dodson à frente do título regular da Mulher-Maravilha. É, portanto, memorável, mesmo que o arco não tenha mostrado nada de surpreendente ou revolucionário.

Na verdade, o enredo até chega a ser cheio de elementos batidos: tem protagonista que tomou chá de sumiço, vilões reunidos para derrotar a algoz e até uma coalizão de superpoderosos que acude a mocinha.

O que o diferenciou da maior parte das histórias de super-heróis e o tornou marcante foi um fator que, cada vez mais, parece esquecido pelos autores do gênero: uma qualidade impecável.

O texto é ágil, inteligente, repleto de boas sacadas. Tudo acontece sem enrolação. Em pouco mais de 20 páginas, Diana vence seus inimigos, reassume seu manto, ganha uma identidade secreta, tem uma recaída em seu affair por Batman e é reempossada como heroína global.

Os diálogos são precisos, sem excessos. A arte é caprichada, linda, elegante. A narrativa, bem cuidada, vira uma coreografia elaborada na hora de mostrar a batalha. Tudo colabora para que o desfecho seja realmente empolgante.

A presença de Mulher-Maravilha, que estava fora do mix havia duas edições por conta de atrasos na revista nos Estados Unidos, acaba abafando as demais histórias. As três ficam aquém tanto em texto quanto em arte.

Em Flash, os roteiristas aparentemente tentaram dar uma arejada no personagem. Afinal, Bart Allen deixou de ser um moleque hiperativo, mas acabou se tornando um adolescente resmungão. Pena que a mudança para Los Angeles soe mais como uma fuga do que como uma solução para os problemas da série.

O cenário mudou, mas o personagem não se anima nem mesmo quando conhece sua vizinha, uma ruiva sardenta e peituda de miniblusa e calça jeans justa de cintura baixa que diz que está no apartamento 12 para "qualquer coisa" - aspas para reforçar que são palavras dela.

Supergirl e a Legião dos Super-Heróis é mais bacana, principalmente para quem vem acompanhando os misteriosos meandros da DC pós-Crise Infinita. A presença de Kandor no futuro parece ser mais uma pista, e pelo jeito pode não ser mero acaso que o universo futurista em que se passa a história pareça mais inocente que a média.

Quem resvala mais uma vez é Íon. A série estava achando seu rumo, é verdade, mas gastar uma edição inteira com um combate de arena morno é chover no molhado. Parece enrolação. Mas, claro, não chega a ser um Flash - até porque Kyle agarra sua mocinha.

Classificação:

4,0

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