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OS MELHORES DO MUNDO # 8

1 dezembro 2008


Autores: Busca veloz - Danny Bilson, Paul Demeo (texto), Ron Adrian (desenhos), Art Thibert (desenhos e arte-final), Richard Horie e Tanya Horie (cores);

Saindo pela tangente - Ron Marz (texto), Fernando Pasarin (desenhos), Jonathan Glapion (arte-final), Richard Horie e Tanya Horie (cores);

A Legião dos Super-Heróis e Os Nômades - Mark Waid (texto), Barry Kitson (desenhos), Mick Grey (arte-final) e Nathan Eyring (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Fevereiro de 2008

Sinopse: Busca veloz - Inércia usa Val Mota, a ex-namorada de Flash, como uma arapuca para o herói.

Saindo pela tangente - Íon vem à Terra ver sua mãe, que está hospitalizada com uma doença desconhecida. Ao ser convocado pelos Guardiões, topa com três superpoderosos que usam os nomes de outros heróis da Liga da Justiça.

A Legião dos Super-Heróis e Os Nômades - Os problemas de Rokyn acabam chegando à Terra do século 31. E, pelo visto, só a Legião dos Super-Heróis não vai bastar para resolvê-los.

Positivo/Negativo: Os Melhores do Mundo é uma revista que não tem o melhor mix de histórias nem os personagens mais famosos e sequer medalhões nos seus times criativos. Mas, ainda assim, é difícil não gostar dela. Se participasse de um concurso de beleza, a publicação sairia do palco com o título de Miss Simpatia.

Há bons motivos para isso. O principal é a escolha dos personagens, bem calibrada pela Panini. São heróis de segundo escalão, mas cheios de carisma, como Flash e Lanterna Verde.

Mesmo a Legião dos Super-Heróis, que ficou obscurecida no Brasil sem publicação regular por mais de uma década, dá as caras em uma versão adolescente. Se a versão de Mark Waid não é tão densa quanto a dos anos de 1980, ao menos tem uma pegada bastante amigável.

Até Flash, o título mais fraco do mix, melhorou nesta edição. A história ainda tem problemas pontuais. Um deles é o monumental abismo de estilo entre os desenhistas Adrian e Thibert, que se alternam nas páginas. Outro é um raio de luz que se curva, verdadeiro desafio às leis da Física. Com o cenário mais realista das HQs de super-heróis das últimas décadas, esse desleixo deixou parte da trama bem inverossímil. Mas, apesar dos equívocos, a história tem um ritmo bacana, algo bem diferente do que se via no começo da série.

Íon também melhorou. Seu maior defeito é a ausência de uma indicação sobre os enigmáticos heróis que aparecem, um problema da adaptação brasileira. Afinal, para o leitor norte-americano, não há mistério nenhum: eles são as versões criadas para habitar o universo Tangent, um mundo ficcional alternativo habitado por heróis com os mesmos nomes do panteão da DC Comics.

O problema é que essas histórias nunca saíram no Brasil - e não há sequer uma nota para dar conta de explicar a situação.

Na Legião dos Super-Heróis, que ocupa meia revista, a história esquenta pra valer. Não é um clássico, mas não precisa ser: a trama é ágil, divertida e tem bons desenhos.

Além disso, os aficionados por cronologia perceberão que a série começa
enfim a se relacionar com o restante do Universo DC. Há uma interligação
com um fato mostrado em Superman #
64
.

Nenhum dos três títulos do mix (que será reforçado com a volta de Mulher-Maravilha na edição de março) vai arrebatar o coração do leitor. Provavelmente, também não é uma boa aposta para quem opta por ler apenas uma ou duas revistas por mês. Mas ao menos vem sendo uma opção segura para quem decide se arriscar a se aprofundar no mundo dos super-heróis da DC sem correr risco de jogar dinheiro fora.

Classificação:

4,0

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