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OS NOVOS VINGADORES # 31

1 dezembro 2006


Título: OS NOVOS VINGADORES # 31 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Os Novos Vingadores - Brian M. Bendis (roteiro) e Steve McNiven (desenhos);

Thor - Juramento de Sangue - Michael Avon Oeming (roteiro) e Scott Kolins(arte);

Capitão América - Ed Brubaker (roteiro) e John Paul Leon (arte);

Jovens Vingadores - Allan Heinberg (roteiro) e Jim Cheung (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Agosto de 2006

Sinopse: Os Novos Vingadores - Os Novos Vingadores enfrentam o Destruidor, enquanto o Homem de Ferro faz uma revelação chocante sobre o Sentinela.

Capitão América - O fatídico destino do Nômade.

Thor - Juramento de Sangue - O emocionante final da saga de Thor e os Três Guerreiros.

Jovens Vingadores - O embate final contra Kang, o Conquistador.

Positivo/Negativo: Como sempre em Os Novos Vingadores, Bendis surpreende com conceitos diferentes e interessantes. A idéia de colocar Tony Stark discutindo com Dr. Estranho, Xavier, Richards, Namor e Raio Negro, como se eles fosse uma espécie de líderes da comunidade super-humana faz muito sentido. Inclusive, o ponto levantado por eles sobre distribuir melhor a comunidade de heróis, excessivamente concentrada em Nova York, é bacana à beça.

Além disso, o autor fecha a aventura de uma forma que pode ser tanto uma amarração genial para a história do Sentinela, quanto uma forçada de barra.

Quando foi criado por Paul Jenkins, o personagem tinha uma sacada de ser o herói esquecido pela Marvel, tanto no universo dos quadrinhos quanto editorialmente. O personagem teria sido criado por Stan Lee, mas sua presença atraía o Vácuo, um vilão que poderia destruir o mundo. Para evitar isso, Richards deu um jeito de todos os heróis, artistas e leitores se esquecerem dele.

Seguindo essa atmosfera metalingüística, a idéia de dizer que o Sentinela é um personagem de quadrinhos e confrontar o herói com Jenkins, seu criador, pode dar certo.

A troca de desenhista, com certeza, não agradará a todos, mas Steve McNiven está fazendo um bom trabalho e seguindo um traço realista, mas as linhas finas deixam alguns rostos um tanto artificiais.

Em Capitão América há um interlúdio resgatando e, aparentemente, ao mesmo tempo, matando o Nômade, um personagem bastante obscuro da cronologia do Capitão América.

No geral, a história é um pouco óbvia, no sentido de que a idéia de uma mente perturbada criando vilões onde não existem já foi um bocado explorada. Ainda assim, conforme a trama evoluir e isso for mais uma peça no quebra-cabeças pode ser que as coisas fiquem interessantes.

John Paul Leon faz um bom trabalho na arte, usando um traço diferente nos flashbacks. Sua narrativa visual também é competente e dá um ritmo interessante à trama envolta pelas complicações mentais do Nômade.

Thor - Juramento de Sangue terminou sem nada de especial. No geral, foi uma homenagem à fase clássica do herói que, no momento, está dado como morto. Vale para matar as saudades e pelo desenho de Kolins, que se adapta bem a esse tipo de história.

Jovens Vingadores tem um sério problema de ritmo. As idéias são legais, o desenho é bom, mas ora as coisas acontecem muito devagar, ora aceleram tanto que não se entende o que aconteceu.

A revista não empolga e vira um desperdício de bons conceitos e desenhos. Como esse é o primeiro roteiro de quadrinhos de Allan Heinberg, espera-se que, com o tempo, ele se encontre e produza ótimas histórias.

 

Classificação:

4,0

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