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PIXEL MAGAZINE # 19

1 dezembro 2008


Autores: Y - O Último Homem (Y - The Last Man # 4/5) - Brian K. Vaughan (roteiro), Pia Guerra (desenhos) e Jose Marzan (arte-final);

Freqüência Global (Global Frequency # 4) - Warren Ellis (roteiro) e Roy Allan Martinez (arte);

Hellblazer (Hellblazer # 158) - Brian Azzarello (roteiro) e Marcelo Frusin (arte).

Preço: R$ 10,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Outubro de 2008

Sinopse: Acompanhados de Ampersand, Yorick e a agente 355 vão ao encontro da doutora Allison Mann. Enquanto isso, as Filhas das Amazonas tomam conhecimento do último homem vivo e vão em seu encalço para exterminá-lo.

Dois agentes da Freqüência Global contra cem terroristas nerds.

Em meio a uma iminente nevasca, John Constantine chega a um bar um tanto suspeito.

Positivo/Negativo: Esta edição começa com dois números de Y - O Último Homem, que encerram o arco inicial Rumo à Extinção.

O maior mérito de Vaughan é a inserção das Filhas das Amazonas e a revelação do paradeiro de Hero, irmã de Yorick. O roteirista as apresenta como mulheres inteligentes e conscientes de seu papel neste novo mundo, mas que, ao mesmo tempo, têm uma faceta ditatorial que insiste em apelar para a força quando não conseguem impor o seu ponto de vista com simples retórica.

Esta crença no que deve ser feito de agora em diante, que as Filhas das Amazonas acreditam ser uma atitude revolucionária, não passa de uma lengalenga reacionária. Mas como elas - ou parte delas - acreditam apaixonadamente nisto, cria-se a expectativa para o inevitável confronto com aquelas que pensam diferente. Este promete ser um dos melhores aspectos a serem trabalhados na série.

Para fazer jus às duas histórias publicadas, a Pixel optou por utilizar as duas capas originais americanas. Destaque para a principal, que mostra Yorick acorrentado, belamente desenhada por J. G. Jones.

Freqüência Global revela o que ocorre quando cem nerds com sérios problemas de aceitação e uma tremenda propensão ao homicídio em massa resolvem sair da frente do computador e tentar interagir com o mundo real.

Dois agentes são convocados para a missão e, como sempre, a sua taxa de eficiência será altíssima. Assim como a contagem de corpos.

Ótima e rápida leitura que conta com uma boa narrativa visual do desenhista Roy Allan Martinez e com o trabalho de cores sempre competente de David Baron.

Fechando a revista, Hellblazer traz o início do arco Congelado.

Tudo bem que John Constantine é um notório beberrão e adora a atmosfera dos pubs, mas passar a segunda história seguida inteira dentro de um bar é dose para irlandês alcoólatra em dia de São Patrício. E o pior: isto deve se prolongar por toda a saga.

Se a ambientação não traz nenhuma novidade, a trama de Azzarello não chega a ser muito melhor. Pessoas estranhas em um bar no meio do nada, à espera de uma nevasca que mais parece o fim do mundo.

Se por um lado a premissa é fraca, mas dá sinais de que possa melhorar, os desenhos estáticos e sem graça de Marcelo Frusin não dão a mínima esperança de salvação. Todos os personagens têm rostos que denotam segundas intenções, sorrisos de maldade e olhares furtivos de meter medo. É clima demais para qualidade de menos.

Classificação:

4,0

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