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PREACHER # 25

1 dezembro 2001

Preacher #25
Título: PREACHER # 25 (Brainstore) - Revista mensal

Autores: Garth Ennis (roteiro) e Steve Dillon (desenhos).

Preço: R$ 7,90

Número de Páginas: 24

Data de lançamento: Março de 2003

Sinopse: Liberdade é apenas outra palavra para "Não há nada a perder" - Depois de seis meses fora do ar, Tulipa decide abandonar Cassidy e põe o pé na estrada de novo. Sozinha em algum lugar no meio do deserto, começa a relembrar sua infância e o relacionamento que tinha com seu pai.

Positivo/Negativo: A partir desta edição, teoricamente, Preacher deveria tornar-se quinzenal mas, no expediente, continua constando como mensal. E a data que consta é março de 2003, apesar de a revista ter chegado às comic shops em maio! Vai entender…

Este número vem preencher uma lacuna que surpreende por ter sido deixada de lado tanto tempo: o passado de Tulipa O'Hare, a explosiva namorada de Jesse Custer. Nada mais justo. Afinal, conhecemos a fundo as histórias de todos os principais personagens da série (Jesse, Cassidy, Starr, Santo dos Assassinos), só estava faltando ela.

E Tulipa merece. Sem dúvida, é uma das personagens femininas mais interessantes a estrelar uma HQ. O episódio revela que sua mãe morreu durante o parto, e o pai era um desses típicos machistas americanos que mal cogitava a idéia de ter uma filha mulher.

Felizmente, o rostinho bonitinho do bebê bastou para encantar o senhor O'Hare, que acabou reavaliando muita coisa de seu modo de pensar, embora tenha optado por criar Tulipa do mesmo modo como faria com um garoto.

Como de hábito em Preacher, a edição já nasceu pra criar polêmica. Basicamente, é a história de uma menina que não se encaixa nem no universo masculino, nem no feminino, e é sobre um pai, por natureza cabeçudo, que não vê motivo para que a filha tenha que se encaixar em coisa alguma, a não ser naquilo que ela goste, independente do que os outros queiram pensar.

É um tema espinhoso e há material suficiente para irritar a todo tipo de radicais, sejam de esquerda, de direita, feministas, machistas e quaisquer "istas" imagináveis.

Cada vez mais, Ennis parece passar a mensagem de que é em algum lugar no meio de todos os radicalismos que a vida se realiza.

A edição, como de hábito, está excelente e (aleluia!) sem erros de português. A única coisa irritante é terminar a leitura em meros cinco minutos depois de ter desembolsado 7,90. Doloroso!

Classificação: - Rodrigo Emanoel Fernandes

 

Classificação:

4,0

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