Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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PRELÚDIO PARA A CRISE FINAL # 4

2 outubro 2009

Autores: E assim começa... o final - Jim Starlin (texto e desenhos), Matt Banning (arte-final) e Jerome Cox (cores);

Contagem regressiva para a aventura - Adam Beechen (texto), Eddy Barrows (desenhos), Júlio Ferreira (arte-final) e Tanya e Richard Horie (cores);

Batedora - Justin Gray (texto), Fabrizio Fiorentino (arte) e Tanya e Richard Horie (cores);

A busca por Ray Palmer - Ron Marz (texto), Angel Unzueta (desenhos), Oliver Nome, Richard Friend, Saleem Crawford, Trevor Scott (arte-final) e Allen Passalaqua (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2008

Sinopse: E assim começa... o final - Por todo o universo, Novos Deuses começam a aparecer mortos, com seus corações arrancados.

Contagem regressiva para a aventura - De volta para casa, Estelar, Rann e Homem-Animal precisam se readaptar.

Batedora - Ao lado do Monarca, a personagem revisita a sua própria origem.

A busca por Ray Palmer - Kyle Rayner, Donna Troy e Jason Todd vão ao Universo Wildstorm em busca de Eléktron.

Positivo/Negativo: Depois de um começo bastante decepcionante, a revista Prelúdio para a Crise Final ganha novas séries - e uma oportunidade para virar o jogo.

A boa notícia é que, de fato, o mix melhora. Mas não chega a ser um marco a ser comemorado. Afinal, a base para comparação era uma das piores revistas da linha DC da Panini.

Os avanços são meramente pontuais, vistos aqui e acolá.

Um exemplo é o bom traço de Jim Starlin em A morte dos Novos Deuses. Funciona, e bem. O problema é que o roteiro não ajuda: é bobo e arrastado.

Contagem regressiva para a aventura, a melhor história do gibi, também tem uma boa arte, feita pelo brasileiro Eddy Barrows, que se destaca pela luminosidade bonita do desenho. O roteiro, voltado para o cotidiano dos personagens, é animado - mas passa a sensação de que não leva o leitor a lugar nenhum.

Batedora, série paralela de Contagem regressiva para a aventura, é uma enrolação só. Justin Gray faz uma trama maçante calcada em flashbacks - e a arte sombria e confusa não ajuda.

Fecha a edição a A busca por Ray Palmer, série em que super-heróis viajam para mundos paralelos atrás de um amigo perdido.

A edição de estreia, que conduz a uma viagem pelo Universo Wildstorm, é lamentável. O roteirista Ron Marz não conseguiu sequer criar um Authority convincente. Fica a sensação de que se trata meramente de um pastiche do grupo.

A ideia da jornada pelo Multiverso DC parece eficiente para mostrar que a editora decidiu legitimar 52 universos paralelos em sua vasta realidade ficcional. Também poderia render uma HQ divertida. Mas, tratada com desleixo, a trama não leva a lugar nenhum.

Pra "ajudar", a Panini não fez sequer uma menção a respeito de quem são aqueles personagens que contracenam com os heróis da DC - publicados no Brasil pela Pixel. Não há nem uma nota de rodapé para situar leitores menos avisados. Faltou cuidado editorial.

Prelúdio para a Crise Final é daquelas revistas que tem ares de fundamental para entender os grandes eventos do futuro, algo comum nos quadrinhos de super-heróis. Na prática, a coisa é bem diferente. O passado ensina: o que ficam são as grandes histórias - justamente o que a minissérie está devendo para o leitor.

 

Classificação:

4,0

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