Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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PRIEST # 1

1 dezembro 2006


Título: PRIEST # 1 (Lumus
Editora
) - Revista mensal
Autores: Hyung Min-Woo (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 10,00

Número de páginas: 192

Data de lançamento: Fevereiro de 2006

Sinopse: Ivan Isaacs era um padre promissor, mas cometeu um terrível engano: libertou o anjo caído Temozarela de uma prisão de centenas de anos, o que causou sua morte e a de sua amada Gena.

Para se livrar de seu sofrimento, Ivan vendeu a alma ao demônio Belial. Em troca, recebeu uma segunda chance de vida, além de forças sobre-humanas. É o início de sua vingança contra Temozarela.

Positivo/Negativo: Priest é o terceiro manhwa (quadrinho coreano) lançado no Brasil (os dois primeiros, da Conrad, foram Chonchu e Ragnarök), e é uma boa surpresa.

A história tem muita ação, suspense e terror e agremia vários elementos que costumam dar certo. Um protagonista misterioso em busca de redenção, uma garota perdida, um inimigo poderoso à beça com vários seguidores e recursos aparentemente ilimitados; tudo isso em um ambiente de Velho Oeste.

O primeiro volume tem um ritmo muito bom. Apesar de manter um clima misterioso e relevar pouca coisa em alguns flashbacks, a história funciona bem. Com bastante ação nas três tramas paralelas à principal, a revista empolga. Há até espaço para momentos mais sentimentais, como a ótima seqüência do enterro do líder dos Anjos Rebeldes.

O desenho também é interessante. Mistura um pouco do traço europeu com as linhas mais rápidas e a movimentação de ação do mangá. Aliás, o destaque de Min-Woo como artista são as cenas de ação e seus cenários extremamente detalhistas.

Contudo, a arte ainda pode melhorar muito. Seu principal defeito está no fato de ser carregada demais no preto e nas hachuras. O traço não é eficiente, sobram linhas que deixariam o desenho mais fácil de se compreender se não estivessem lá.

Esse excesso se complica com a arte-final, deixando algumas cenas muito poluídas. Observe, por exemplo, as páginas que ele deixou apenas no grafite, sem a aplicação do nanquim: são mais leves e de fácil compreensão, mesmo com tantas hachuras.

A edição nacional, compilando sete histórias ficou boa. A opção de papel e capa com certeza ajudou a segurar o preço. A encadernação é firme, só apresentou problema em as páginas com balões próximos à borda.

 

Classificação:

4,0

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