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The Private Eye # 1

21 fevereiro 2014

The Private Eye # 1Editora: Panel Syndicate – Série digital

Autores: Brian K. Vaughan (roteiro) e Marcos Martin (arte).

Preço: doações (ao critério do leitor)

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Agosto de 2013

Sinopse

Patrick Immelman (ou P.I. ou Pi – como a letra e número grego) é um investigador/paparazzi que vive num mundo futuro, no qual não mais existe a internet e a imprensa passa a representar a força policial.

Positivo/Negativo

The Private Eye é uma série autoral e digital, usando das ideias de crowdfunding para a produção e distribuição de material. E a premissa criada por Vaughan (Ex Machina, Y – O último homem) e Martin (Demolidor) é ora fascinante, ora aterradora, por seus visuais, criando um mundo colorido e rico, que parece mesclar aspectos de quase todo futuro distópico já concebido. Lembra principalmente uma grande homenagem a Philip K. Dick, novelista que inspirou, dentre outras obras Blade Runner e Minority Report.

Não obstante, sobra espaço para a sagacidade já esperada de uma obra de Vaughan, com ideias e teorias mirabolantes – como o fim da internet e boa parte dos mecanismos de comunicação em massa que hoje nos parecem tão usual.

Uma das maiores sacadas de todo o trabalho é justamente apresentar o conflito de gerações por meio de um envelhecido hipster (segurando seu iPhone quebrado e obsoleto no contexto da história) conversando com o neto, o protagonista.

Ainda há muito espaço para o brilhantismo de Martin, ao construir cenas e painéis de encher os olhos, ainda mais na condição escolhida para dispor os quadros (como de uma HQ online, num formato widescreen, para um computador ou tablet).

Vale um destaque para o “preço” da HQ, que se faz por doações (que podem ser iguais a nada), proporcionando ao fã a opção de enviar mensagens aos autores devido ao valor doado – e, que, como ressaltam, também pode representar o cancelamento precipitado da ideia, caso lhes falte o retorno esperado.

Também existe a opção de cópias físicas, com US$ 20,00 por edição (mais US$ 10,00 de frete). Os três primeiros números, inclusive, já foram disponibilizadas com a opção de texto em português (bem mais parecido com o falado no Brasil do que em Portugal).

É uma ideia interessante e uma história, no mínimo, curiosa.

Classificação

4,0

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