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QUEBRA-QUEIXO TECHNORAMA #01

1 dezembro 2007

Título: QUEBRA-QUEIXO TECHNORAMA #01 (Devir
Livraria
) - Edição especial

Autores: Seja você, sendo eu - Marcelo Campos (roteiro e desenhos);

Presente imperfeito - Octavio Cariello (roteiro) e Rael Lyra (desenhos);

A verdade confusa - Octavio Cariello (roteiro) e Weberson Santiago (desenhos);

O ponto de fuga - Octavio Cariello (roteiro), Fernando Cintra (desenhos) e Waldomiro Vitorino (arte-final);

Plano divino - Marcelo Campos (roteiro), Jefferson Costa (desenhos) e Artur Fujita (arte-final).

Preço: R$ 19, 50

Número de páginas: 80

Data de lançamento: Novembro de 2003

Sinopse: Cinco histórias do universo futurista do herói Quebra-Queixo, protagonizadas por ele mesmo ou por alguns coadjuvantes.

O álbum abre com a primeira história do QQ, refeita especialmente para acomodar melhor as referências a outros personagens que surgiram posteriormente.

Nela, o herói enfrenta um ataque de seres desprovidos de personalidade que lutam pelo direito de poder assumir a de qualquer pessoa ou personagem ficcional existente.

Zé do Lixo age como anjo da guarda de uma garota que ele observa em silêncio e a salva de uma gangue rival. A mística Abantesma Jones enfrenta o conde vampiro Malus Maléficus, que aprisionou e enfraqueceu a Verdade. Já Nego Simão precisa impedir o apagamento do universo e um vazamento na Pensão do Fim do Mundo.

Finalmente, Quebra-Queixo tem que enfrentar a maligna Mama Vodru.

Positivo/Negativo: Diversidade é a principal característica do primeiro volume de histórias do personagem autoral de Marcelo Campos. Diversidade de tramas, estilos de arte e personagens.

Campos preferiu abrir seu universo para outros criadores logo nas primeiras histórias e o resultado é bastante positivo. O cenário ganha várias nuances, indo da sátira ao drama existencial e tudo se encaixa muito bem no final.

Não incomoda o fato de o próprio Quebra-Queixo aparecer relativamente pouco, pois o que se destaca nas cinco histórias é o cenário; e as aventuras protagonizadas por ele, as que abrem e fecham o álbum, dão a sensação de que tudo que acontece entre elas tem certa ligação, uma sucessão de acontecimentos dispersos que levam à situação final.

A galeria de personagens coadjuvantes é interessante e diversificada. Graças a eles, o leitor percebe a existência de vários aspectos do cenário (como a tecnologia avançada convivendo lado a lado com o misticismo), que são retomados na última história, como a vilã Mama Vodru.

A aventura também se combina bem com o humor, mostrado em vários momentos. Todos os elementos que compõem os futuros imperfeitos vistos comumente em histórias de ficção, aqui são abordados com sarcasmo, o que mostra como alguns heróis são inverossímeis.

Apesar de Quebra-Queixo já ter uma trajetória de publicação que remete ao começo dos anos 90, este álbum é uma bela amostra do que há de novo no quadrinho nacional. Todos os artistas apresentados são muito bons e com estilos bastante pessoais.

Apenas a diagramação da Devir deixa um pouco a desejar, pois deixou as páginas de apresentação dos autores muito densas, com uma grande quantidade de texto comprimida.

Além disso, como não há um página de rosto, o prefácio está ao lado da ficha catalográfica, que ainda por cima tem uma imagem enorme que torna a apresentação ruim.

Classificação:

4,0

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