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RED – EYES ONLY

1 dezembro 2011

RED - EYES ONLY

Editora: DC Comics / WildStorm - Edição especial

Autores: Cully Hammer (roteiro e desenhos) e Val Staples (cores).

Preço: US$ 4,99

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Fevereiro de 2011

 

Sinopse

Paul Moses foi, por muitos anos, um mortífero assassino treinado pela CIA. Aposentado e vivendo sozinho, o ex-agente desistiu dos convívios sociais, passando a levar uma vida aparentemente tranquila, longe de tudo e de todos.

No entanto, seu antigo empregador o considerava perigoso demais, por ser um arquivo vivo de suas piores falcatruas e atrocidades, o que gerou o seu retorno à ativa para uma última missão, que resultou na sua morte.

Mas uma pergunta ficou no ar: qual fato marcante determinou a saída de Moses do quadro de agentes da CIA e causou a sua aposentadoria, anos antes?

Positivo/Negativo

Embalada pelo oportunismo do filme blockbuster recentemente lançado, a DC Comics aproveitou o hype em cima da história adaptada aos cinemas e lançou esta sequência. Ou, como seria mais correto qualificar, trata-se de um prelúdio aos acontecimentos de Red - Aposentados e perigosos, publicado pela Panini em 2010.

A trama enfoca o período em que Moses trabalhava como assassino profissional, causando mortes, atentados e tudo mais que se adequasse à política de seus patrões do alto escalão do governo.

Em determinado momento, o personagem toma consciência dos atos hediondos já cometidos em nome do que acreditava e deseja, mais do que nunca, afastar-se da vida do crime e levar uma existência pacífica pelo resto dos seus dias.

Enquanto aguarda, durante um período avaliativo de poucos meses, para ser classificado definitivamente como inativo, trabalha como segurança particular de um forte presidenciável à Casa Branca - candidato que estava na mira de interesses racistas e políticos contrários à sua devoção pela causa popular e, por isso, corria sério risco de morte.

É nítido que a HQ é fruto da fissura em cima do longa-metragem protagonizado por Bruce Willis. Tanto que, além da chamada na capa da publicação, o personagem usa um dos seus pseudônimos de trabalho: Frank, exatamente como no filme.

Mas quem esperava apenas um caça-níquel dos mais esdrúxulos, embarcando de maneira descarada no sucesso popular da adaptação cinematográfica, pode se desapontar.

Warren Ellis não retornou aos roteiros nesta segunda parte, o que alimentar tal pessimismo, mas Cully Hammer, que desenhou a história anterior, mantém o bom nível na narrativa, apresentando um texto enxuto e coeso. Dentro de suas possibilidades, o resultado pode ser considerado positivo.

A arte não muda muito em relação à primeira história: traços retos e linhas de contornos fortes, junto às feições quadradas de costume, incrementam a narrativa.

Uma singela diferença está nas cores de Val Staples, destacando tonalidades mais vivas aos personagens de primeiro plano em determinadas cenas, além do uso adequado do vermelho característico nos momentos mais violentos.

Não se trata de nenhuma sequência memorável, mas serve pra clarear um pouco o entendimento de certos pontos tratados na narrativa anterior que ficaram obscuros ou omissos. Além do mais, é um dos últimos lançamentos estampando o selo da extinta WildStorm.

Tendo em vista que o filme pode ganhar sua própria continuação a qualquer momento, é uma boa pedida de publicação em solo brasileiro.

Classificação:

4,0

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