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RESIDENT EVIL

1 dezembro 2011

RESIDENT EVIL

Editora: Panini Comics - Edição especial

Autores: Ricardo Sanchez (roteiro), Kevin Sharpe e Jheremy Raapack (desenhos), Jim Clark, Marc Deering, Cliff Rathburn, Nathan Massengil, Ray Snyder e Rick Ketcham (arte-final), Milen Parvanov, Gabe Eltaeb, Randy Mayor e Tony Aviña (cores) e Jheremy Raapack (capa) - Originalmente publicado em Resident Evil # 1 a # 6, de 2009 a 2011.

Preço: R$ 14,90

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Julho de 2011

 

Sinopse

O mundo mudou, os conflitos armados também.

As guerras agora são travadas não somente com bombas e soldados, mas com terríveis bioarmas produzidas a partir de cobaias humanas - verdadeiros zumbis de destruição em massa.

Os agentes Mina Gere e Holiday Sugarman, treinados para essas situações extremas envolvendo aberrações de laboratório, agora se veem em meio à densa selva entre duas repúblicas sul-americanas, envolvidos em uma conspiração que pode alterar os rumos do planeta inteiro.

Mais uma vez.

Positivo/Negativo

Até que demorou por estas bandas.

Finalmente em território nacional, uma versão em quadrinhos oriunda da saga Resident Evil, franquia de sucesso no mundo dos jogos eletrônicos. Porém, não se trata exatamente de uma adaptação do enredo clássico - justamente no qual leitores menos familiarizados podem cair em erro.

Na falta de um editorial ou introdução situando o leitor desavisado, explica-se: esta HQ nada mais é do que um spin-off de Resident Evil 5, jogo em que pela primeira vez fora mencionada a Aliança de Avaliação de Segurança em Bioterrorismo (em inglês, Bioterrorism Security Assessment Alliance): organização internacional criada com intuito de coibir tais incidentes bizarros, onde for necessário.

O famoso episódio e consequente esterilização de Racoon City (vistos nos jogos Resident Evil 1, 2 e 3) nada significaram para terminar a ameaça zumbi: a praga do T-Vírus e suas múltiplas variações espalharam-se além das fronteiras norte-americanas, gerando novos rumos para a história conhecida.

Nestas páginas, vê-se mais uma trama envolvendo agentes da B.S.A.A. contra as tais monstruosidades, dando extensão às atividades burocráticas e bélicas.

Os dois protagonistas, a bela e inteligente Mina Gere e o valentão culto Holiday Sugarman, formam aquela dupla (quase) estereotipada dos filmes de ação.

Concorrendo com clichês típicos de aventuras desse estilo, um mérito do roteiro é não apresentar os agentes apreensivos ante as aberrações que encontram, indo ao encontro do perfil firme e tenaz que se espera de soldados treinados. Logo, é bom não esperar muitos sustos nem afobações por parte deles, ao contrário de seus subordinados.

Cada um deles ganhou uma ficha técnica detalhada, inserida entre os capítulos da publicação.

Missão dada, resta aos dois agrupar alguns agentes e partir rumo às florestas sul-americanas (e não "sulamericanas", como consta na quarta capa), na busca pela base inimiga e o chefão por trás de tudo, bem ao estilo dos videogames.

Tiros, sangue, monstros perfurados, cenas violentas e frases feitas são elementos obrigatórios nas páginas. Igualmente, algumas já conhecidas criaturas da franquia dão as caras em várias cenas.

Há poucas reviravoltas - a narrativa é linear e bem básica, não desagradando fãs e contentando o leitor de primeira viagem - e o maior desafio é simplesmente acompanhar e esperar o desfecho de tudo, sem grande esforço. Uma continuação é plenamente viável, por sinal.

O trabalho realizado pela Panini, no entanto, poderia ser mais caprichado. Além da omissão quanto a um texto inicial situando o momento da história dentro da mitologia de Resident Evil, o papel pisa-brite não se mostrou uma boa escolha: o material "chupa" as cores da arte, dificultando a visualização de certos movimentos, objetos e detalhes nos quadrinhos.

Para uma história de terror, na qual o escuro prevalece e boa parte das cenas se passa à noite, chega a ser um erro de estratégia.

Além disso, a fonte escolhida para o título, na capa é simples demais, genérica. Não há um aspecto chamativo neste item. Assim, o texto parece "flutuar" sobre a ótima arte que estampa o frontispício.

Em contrapartida a esses pequenos deslizes, os apreciadores do gênero tem aqui uma boa opção de leitura a um preço acessível. Que venham outros lançamentos nos mesmos moldes.

Classificação:

4,0

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