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SECOND THOUGHTS

1 dezembro 2012

SECOND THOUGHTS

Editora: Top Shelf - Edição especial

Autor: Niklas Asker (roteiro e arte).

Preço: US$ 9,95

Número de páginas: 80

Data de lançamento: Abril de 2009

 

Sinopse

Jess é uma romancista sem nenhum trabalho publicado. John é um fotógrafo inglês em fuga para Nova York. Eles têm em comum relações amorosas conturbadas. Um breve encontro no aeroporto afetará a vida de ambos.

O sueco Niklas Asker mistura realidade e ficção numa história sobre a vida que imaginamos para nós mesmos, as vidas que imaginamos para os outros, e as vidas que realmente devem ser vividas.

Positivo/Negativo

Não é só de cinema e música que a Suécia vive.

Entre 2009 e 2010, a editora norte-americana Top Shelf resolveu lançar alguns álbuns de quadrinhos suecos e batizou a coleção de Swedish Invasion, promovendo festas de lançamento e exposições nos Estados Unidos.

Um desses títulos foi Second Thoughts, de Niklas Asker.

Bem antes do filme My girlfriend's boyfriend, de Daryn Tufts, Asker criou um romance aparentemente clichê, mas com uma reviravolta interessante.

Jess mora em Londres e sua namorada excursiona pelo mundo em uma banda de rock. Ela está angustiada por não conseguir escrever seu livro e totalmente insegura quanto à sua relação com Chloe.

O fotógrafo John está fugindo de uma relação, mas como seu voo foi cancelado, precisa encarar o que estava deixando para trás.

Jess e John se encontram por um breve instante no aeroporto e, a partir daí, Asker mostra alternadamente a vida de cada um deles, e os dois têm mais em comum do que aparentam.

A Londres de Asker não esconde os personagens no meio de fogs ou chuvas torrenciais. Ao contrário, é seca, fria e turbulenta, quase sempre retratada em enquadramentos fechados, explicitando o mal-estar dos personagens.

Realidade e ficção se misturam e, apesar das pistas, o leitor vai se deixando levar pelas histórias paralelas, até dar de cara com um final intrigante, obrigando-o a voltar as páginas e rever cada detalhe para entender a metanarrativa empregada inteligentemente por Asker.

Por outro lado, Asker cometeu o erro de ser sutil em demasia ao empregar o mesmo traço para cada história de vida retratada, o que causa certa confusão no leitor, frustrando sua experiência com a obra.

Leitura indicada para quem gosta de histórias de amor que fogem do convencional, como 12 razões para amá-la ou O gosto do cloro.

 

Classificação:

4,0

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