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SLAM DUNK # 31

1 dezembro 2008


Autor: Takehiko Inoue (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 192

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: A decisão do jogo entre Sannoh e Shohoku e o fim do mangá.

Positivo/Negativo: Finalmente, a excelente conclusão da saga de
Slam Dunk. Nesse volume, os esforçados protagonistas do Shohoku
tem 1min09seg para tirar os cinco pontos de vantagem que o melhor time
do Japão, o Sannoh, tem sobre eles.

Hanamichi Sakuragi se contundiu buscando uma bola impossível e sua presença
no jogo pode comprometer toda a sua carreira. Mesmo assim, ele vai para
a quadra buscar a vitória.

Sem entregar o final, fica claro que Takehiko Inoue pretendia passar uma
lição de tenacidade e esforço. A qualidade técnica do Shohoku não é tão
alta quanto a do Sannoh, mas na busca pela vitória os jogadores não desistem
nem diante das maiores adversidades.

Outra mensagem que há no mangá é a de trabalho em equipe. Mesmo tendo
em Sakuragi o "herói" da história, a participação de cada jogador é importantíssima
durante a partida e, para conseguir equilibrar o jogo no final, até Rukawa
e Sakuragi põe sua inimizade de lado e dão assistência um ao outro. Se
o time não tivesse exatamente esses jogadores, não teria chegado tão longe.

Se o roteiro só cresce em emoção nessa reta final do mangá, o desenho
acompanha o ritmo. A evolução de Inoue é evidente ao se comparar esta
com as primeiras edições. Seu detalhismo só aumentou. A arte-final também
melhorou a cada número.

Os recursos narrativos cinematográficos, repletos de closes e grande angulares
quando necessário, confluem para o momento decisivo do jogo. O leitor
fica tenso com o cronômetro correndo inexoravelmente ao lado dos quadrinhos.

Conforme o tempo passa, não só os números que indicam os segundos vão
diminuindo, como a própria imagem do cronômetro vai dissolvendo, metaforicamente
mostrando a situação desesperadora em que o time se encontra.

Slam Dunk mostra como uma boa história de quadrinhos deve ser:
bem construída, direta, sem enrolação e com os personagens crescendo ao
longo da trama, tanto os principais quanto os coadjuvantes, que são muitos
e todos interessantes. É o tipo de HQ que prende o leitor durante toda
a série, fazendo-o esperar ansiosamente pela chegada da edição seguinte
às bancas e se emocionar com cada reviravolta nas partidas.

Infelizmente, a Conrad não colocou nenhuma informação extra - como
também não o fez no restante da série. Por se tratar do número final do
mangá poderia ao menos avisar isso, fazer uma contextualizaçao, dizer
quando a série foi publicada, falar um pouco do autor, agradecer aos leitores
que acompanharam a revista etc. Faltou cuidado editorial. Uma pena.

Mas o mais importante era avisar o leitor que Slam Dunk é um dos
mangás mais famosos do Japão até hoje, dizer que seu autor pensa
em fazer uma continuação no futuro e que, numa apresentação especial em
uma escola, que depois virou um DVD do próprio Takehiko Inoue, ele desenhou
várias tiras nas lousas com eventos posteriores ao final da série.

São 23 tirinhas mostrando os personagens dez dias depois do desfecho do
mangá. Uma bela surpresa para os fãs que ficaram "órfãos" com o fim da
série.

Mesmo com a enxurrada atual de mangás nas bancas, Sakuragi,
Rukawa e companhia já deixaram saudades e também uma lacuna. Afinal, Slam
Dunk
era o único mangá de esportes sendo publicado no Brasil.

Classificação:

4,0

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