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SPACE GHOST # 3

1 dezembro 2011

SPACE GHOST # 3

Editora: Panini Comics - Minissérie em três edições

Autores: Joe Kelly (roteiro), Ariel Olivetti (desenhos, arte-final e cores) e Alex Ross (capa) - Originalmente publicado em Space Ghost # 5 e # 6, em 2005.

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Agosto de 2006

 

Sinopse

A cidade de Lun, no planeta Meridian, é completamente destruída. Os poucos sobreviventes são feitos escravos pelos exércitos de Zorak, servindo como mão de obra ou mesmo de alimento aos terríveis insetos.

Thaddeus Bach ainda se consome de ódio por Temple e busca incessantemente sua vingança, mas, aos poucos, seu pensamento - bem como sua missão - volta-se unicamente para ajudar aquele povo há tanto tempo oprimido, defendendo Jan e Jayce de um futuro de servidão.

Mantendo Temple como prisioneiro, Zorak decide usá-lo como provável isca para atrair seu mais novo e temível oponente: Space Ghost.

Positivo/Negativo

Eis a última edição da minissérie Space Ghost. Se a adrenalina já estava alta nos capítulos anteriores, aqui apenas aumenta de intensidade: voos rasantes, rajadas de energia, pancadaria solta e bons momentos estampam estas derradeiras páginas com pura ficção científica.

Durante grande parte da história, Space Ghost tornou-se uma personificação do seu codinome: um fantasma, uma alma atormentada pelo passado, que não conseguiria alçar a paz interior se não realizasse seu maior desejo, a vingança.

Após salvar duas crianças indefesas das garras dos insetos, aos poucos a humanidade considerada perdida por Bach vai retornando e trazendo consigo um novo objetivo na vida: lutar pela justiça, como única maneira de trazer paz a um universo tão caótico, será seu novo desígnio.

Esse momento crucial de reencontro com seu espírito humanitário é, por ironia do destino, desencadeado pelo algoz de sua esposa e futuro filho, Temple.

Em um rápido diálogo, de apenas um quadro, o vilão sintetiza bem as consequências que a vingança de Space Ghost traria a si próprio e àquelas vítimas de Zorak. O herói não pensa duas vezes antes de abandonar seu intento inicial e dedicar-se à contínua luta contra as forças do mal, onde se fizer necessário.

Ao final da trama, ótimas oportunidades surgem para futuras aventuras. Personagens novos e conceitos bacanas podem ser bem aproveitados. A intenção inicial da DC Comics era publicar um título regular logo após esta minissérie, mas, ao que parece, esse objetivo ficará engavetando por tempo indeterminado.

Realmente, uma pena, tendo em vista a excelente qualidade do material apresentado, que infelizmente não se refletiu em vendas e interesse pelo público.

Será que Blip apareceria futuramente? Ou mesmo outros famosos vilões, como Brak, Molthar ou Metallus? E o treinamento dos gêmeos, bem como sua primeira missão com os clássicos uniformes, como consta na capa desta edição? Dúvidas que somente o tempo sanará.

Como (re)introdução do personagem depois de tanto tempo, já que ele aparecera pela última vez nos quadrinhos em uma edição especial exclusiva no final da década de 1980, Space Ghost retornou de maneira primorosa.

Ótimo roteiro, arte maravilhosa e trama cativante, sob uma nova perspectiva excelentemente elaborada.

Ao final da publicação, segue uma homenagem ao falecido desenhista Alex Toth em um lacônico artigo. Um rápido vislumbre sobre sua carreira e trabalhos na indústria, tanto em animação como quadrinhos, são apresentados - o único senão, talvez, seja a falta de maior conteúdo no texto, incrementando este interessante material extra.

À Panini, todos os elogios pelo trabalho gráfico impecável realizado na versão brasileira. Miolo em LWC, capas com papel couché e impressão impecável muito contribuíram nesta nova estampa do super-herói clássicos das sessões matinais.

Uma futura edição encadernada do material seria algo a se considerar.

Classificação:

4,0

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