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SUPERMAN # 3 - NOVOS 52

1 dezembro 2012

SUPERMAN # 3 - NOVOS 52

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Um dia frio no inferno (Superman # 3) - George Pérez (roteiro e esboços), Nicola Scott (desenhos), Trevor Scott (arte-final), Brian Buccellato, Brett Smith e Blond (cores);

Lembrança (Supergirl # 3) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar e Bill Reinold (arte) e Paul Monts (cores);

O mundo contra Superman (Action Comics # 3) - Grant Morrison (roteiro), Rags Morales e Gene Ha (desenhos), Rick Bryant e Gene Ha (arte-final) e Brad Anderson e Art Lyon (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Agosto de 2012

 

Sinopse

Superman - A Rede Galáxia prepara uma retrospectiva da carreira do Superman na Terra, pesando seus papeis de herói e ameaça. Paralelamente, surge uma criatura feita de gelo em Metrópolis, que segue congelando tudo em seu caminho.

Supergirl - A Garota de Aço confronta seu primo e reluta em aceitar o destino final do planeta Krypton. Mas logo ela terá problemas bem mais urgentes.

O mundo contra Superman - Após cenas da Casa de El em Krypton antes do fim, o jovem Clark Kent reflete sobre suas ações como o primeiro vigilante uniformizado e superpoderoso do mundo. E uma nova ameaça está a caminho!

Positivo/Negativo

Quando John Byrne reformulou o Superman, em meados da década de 1980, seu propósito foi tornar o herói mais humano e de fácil identificação com o público moderno. As reações dos fãs foram variadas, mas a tendência se manteve.

Já quando a DC Comics anunciou um novo reinício para o personagem em 2011, os roteiristas afirmaram um desejo de seguir na direção oposta. De fato, os pais adotivos de Kal-El agora estão mortos, e parece que o legado kryptoniano terá forte influência em sua vida.

Mas engana-se quem imagina um cenário de alienação para o pacato Clark Kent. Ele abre a terceira edição pós-reboot visitando o túmulo dos Kent, tem problemas no emprego e está mais idealista do que nunca, ao confrontar a corrupção de Metrópolis como jornalista.

Num resultado do esforço de escritores competentes e uma visão editorial acertada, o Homem de Aço pode já não se afirmar terrestre antes de tudo, mas continua muito humano e cativante.

George Pérez e Grant Morrison prosseguem o trabalho certeiro em Superman e Action Comics, respectivamente, mostrando dois períodos distintos na vida do Homem do Amanhã, e mesmo Supergirl parece seguir um caminho mais bem definido. Ainda é a mais fraca da revista, mas tem melhorado progressivamente.

Pérez, em especial, investe numa trama simples, dando destaque para personagens coadjuvantes e apresentando mais capítulo na saga do Último Filho de Krypton contra criaturas ligadas a seu passado. É um gibi leve e sem grandes pretensões, algo que estava fazendo falta.

Na arte, a competente Nicola Scott substitui Jesus Merino e realiza um trabalho à altura, apesar de algumas inconsistências em poses e expressões faciais.

Curioso notar que Pérez deixou a revista reclamando de interferência editorial, mas seu texto parece enxuto e cheio de detalhes significativos. Lois Lane, não mais esposa ou namorada do Superman, segue como um dos maiores destaques da nova fase.

E, como de costume, Grant Morrison e Rags Morales dão show ao narrar os primeiros dias do super-herói em Metrópolis, agora acompanhados pelo ilustrador Gene Ha. A história começa com cenas frenéticas passadas em Krypton, sob a pena de Ha, e continua com o jovem Clark Kent nos tempos de calça jeans e camiseta justa com o S no peito, visual estilo Harry Potter e confusão com os colegas de trabalho.

Interessante perceber que as três histórias da revista lidam com o legado de Krypton sob diferentes ângulos, e espera-se que os roteiristas formem um mosaico unificado da mitologia.

Morrison parece totalmente à vontade com a nova encarnação do herói, cada vez mais solto nos roteiros com a promessa de uma viagem alucinada. Se a primeira edição teve uma releitura da Era de Ouro, aqui o autor já começa a mesclar influências distintas e imprime um tom bastante pessoal ao trabalho. Os desenhos de Morales continuam meio esquisitos, mas é difícil não simpatizar com sua visão de Clark Kent.

Um ponto a se questionar no trabalho da Panini é que a revista não informa, em momento algum, que a história de Morrison se passa cinco anos no passado. O leitor que não frequenta sites especializados deve ficar perdido com esses avanços temporais. Enfim, uma reclamação pequena para um título em que texto e desenhos não decepcionam.

 

Classificação:

4,0

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