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SUPERMAN # 4

1 dezembro 2012

SUPERMAN # 4

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Autores: Superman - Mente vulnerável (Superman # 4) - George Pérez (roteiro), Jesús Merino (arte), Brian Buccellato e Brett Smith (cores);

Supergirl - Fuga (Supergirl # 4) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud A. Asrar (arte) e Dave McCaig (cores);

Superman e os Homens de Aço (Action Comics # 4) - Grant Morrison (roteiro), Rags Morales (desenhos), Rick Bryant e Sean Parsons (arte-final) e Brad Anderson (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Setembro de 2012

 

Sinopse

Superman - O defensor de Metrópolis foi detido para interrogatório pela polícia. Em paralelo, Lois Lane começa a desconfiar das atividades recentes de Clark Kent, e o mistério das criaturas que atacaram a cidade ruma para seu desfecho.

Supergirl - Capturada por um inescrupuloso empresário que pretende estudar seu DNA em órbita da Terra, a Garota de Aço conta com um único aliado para escapar e lutar por sua vida.

Action Comics - A Cidade do Amanhã é atacada por seres robóticos, e está na mira de um poderoso ser do espaço. Superman é a última linha de defesa contra a ameaça.

Positivo/Negativo

Passados quatro meses do lançamento da nova fase dos títulos da DC Comics pós-reboot no Brasil, é certo que a iniciativa teve seus altos e baixos. Para completar a marca de 52 séries mensais, autores de menos talento ganharam espaço, enquanto algumas pérolas se destacaram. E pode-se dizer que dentre os personagens que mais se beneficiaram da mudança está o Superman.

Com roteiros de George Pérez e Grant Morrison, o Homem de Aço vive histórias empolgantes e cheias de suspense, com uma personalidade diferente e atrativa. Nesta edição, contudo, a maior surpresa fica por conta da Supergirl, que finalmente diz a que veio numa trama mais direta e brutal.

A heroína se descontrola após ser capturada para estudos por um cruel empresário, e as cenas de ação impressionam. É gratificante constatar que os escritores Michael Green e Mike Johnson finalmente acertaram a mão.

E a colaboração entre George Pérez e Jesús Merino continua rendendo bons frutos. Num clima mais tradicional, que lembra as aventuras do kryptoniano na década de 1980, a dupla investe no elenco de coadjuvantes e, sobretudo, no ambiente das redações de jornal, explorando a profissão de Clark Kent, Lois Lane e Jimmy Olsen como poucas vezes na trajetória desses personagens.

A ideia da ameaça alienígena das edições anteriores continua ganhando forma, e fica claro que Pérez tem propósitos bem definidos para a trama. A ação diminui um pouco o ritmo, abrindo espaço para elaboração do enredo e desenvolvimento de personalidades, com uma repórter interessada em Clark Kent que logo se destaca.

Jesús Merino, vale ressaltar, é mais um bom desenhista que se adaptou ao universo do Superman. Pena que logo irá se despedir da revista. Aliás, uma constante dessa nova fase é a alta rotatividade de equipes criativas, e espera-se que isso não prejudique o andamento das histórias.

Mais uma vez, o criativo Grant Morrison brilha na aventura do último filho de Krypton nos seus primeiros dias em Metrópolis, reintroduzindo uma ameaça alienígena que altera consideravelmente os rumos da série.

O escocês já havia trabalhado o herói com mestria nas páginas da Liga da Justiça e de Grandes Astros - Superman, tempos atrás, e a abordagem atual surpreende por ser diferente de tudo o que se esperava.

Rags Morales prossegue com o bom trabalho nas ilustrações, cada vez mais à vontade com o personagem. Fãs de longa data nem deverão sentir saudades das versões anteriores do Homem do Amanhã, tamanho o capricho de Morrison e Morales nessa fase arrebatadora.

Os três títulos mensais publicados em Superman seguem linhas narrativas distintas e independentes, facilitando o desenvolvimento de tramas bem amarradas e maior autonomia dos autores. Em comum, apenas o fato de explorarem a herança extraterrestre dos super-heróis.

Em breve, no entanto, começarão os típicos crossovers de personagens, significando uma integração maior de seu universo. É esperar que a qualidade se mantenha, então. Por enquanto, a revista continua uma das melhores opções em bancas para fãs de super-heróis.

 

Classificação:

4,0

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