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Superman # 8 - Novos 52

26 abril 2013

Superman # 8 - Novos 52Editora: Panini Comics - revista mensal

Autores: A opção: forasteiro (Superman # 8) - Keith Giffen (coargumento e roteiro), Dan Jurgens (coargumento e desenhos), Jesus Merino (arte-final) e Tanya e Richard Horie (cores);

Dia de formatura (Supergirl # 8) - Michael Green e Mike Johnson (roteiro), Mahmud Asrar (arte) e Dave McCaig (cores);

Superman encontra... o Colecionador de Mundos (Action Comics # 8) - Grant Morrison (roteiro), Rags Morales, Brad Walker, Rick Bryant e Bob McLeod (arte) e Brad Anderson e David Curiel (cores).

Preço: R$ 7,20

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Janeiro de 2013

Sinopse

Superman - O Homem de Aço recebe de um alienígena a tentadora oferta de dominar o mundo, e responde à altura.

Supergirl - Kara enfrenta as implacáveis Arrasa-Mundos.

Action Comics - O confronto definitivo entre Superman e a entidade conhecida como Colecionador de Mundos, marcando o início de uma nova era para o maior herói do planeta.

Positivo/Negativo

Além da capacidade de preparar um enredo envolvente na caracterização de heróis e personagens coadjuvantes, o bom roteirista deve saber conduzir suas ideias rumo a um desfecho digno, que alinhave todas as pontas soltas da narrativa e faça valer o investimento do público.

Em sua fase no título Action Comics, após o reboot completo do Universo DC, o escocês Grant Morrison apresentou uma vida renovada para o Superman, com novos desafios e uma direção inusitada, diferente de tudo o que se esperava do ícone.

Contudo, a história publicada nesta edição que encerra o primeiro arco dessa fase não constitui um desfecho à altura do material. Morrison peca pelas saídas fáceis e argumento pouco imaginativo, resultando numa conclusão convencional para a sequência de aventuras que reinventou o Homem de Aço. O confronto com o alienígena Brainiac, em especial, carece de emoção e constitui a primeira grande decepção no universo do personagem nos Novos 52.

Morrison escreve bem, não se pode negar, mas é a falta de ousadia em Superman encontra... o Colecionador de Mundos que chama a atenção. Dificilmente o desfecho da saga será lembrado nas próximas décadas. Portanto, esta investida do autor com o herói de Krypton não se revela tão marcante como o seu trabalho na definitiva Grandes Astros - Superman, por exemplo.

Por outro lado, o novo status quo do personagem e a presença de um elenco de apoio bem posicionado ainda guardam boas promessas para o título. As páginas finais da história, em especial, dizem muito sobre a atual encarnação do Homem do Amanhã e não deixam dúvidas sobre o valor da reformulação de seu universo.

Completando a revista, as histórias do Superman, por Keith Giffen e Dan Jurgens, e o novo capítulo da vida da Supergirl não dizem muito. O trabalho de Giffen e Jurgens posiciona o poderoso alienígena Helspont, oriundo do antigo Universo WildStorm, na mitologia do Homem de Aço, com resultados sofríveis.

Mesclar o mundo do Superman com os antigos personagens de Jim Lee até poderia ter bons resultados, mas o que se vê aqui é uma trama rasa e sem atrativos, que não explora a contento os dois universos. O trabalho com os repórteres Lois Lane e Jimmy Olsen, que seguia como grande atrativo nas edições anteriores, também perdeu o encanto.

No caso da Supergirl, os roteiristas Green e Johnson apresentam mais uma sucessão de confrontos com vilões e parecem não ter noção bem definida de para onde deve rumar a Garota de Aço.

O melhor da revista nesta edição é a qualidade notável dos desenhos, nas três histórias publicadas. Acompanhar Dan Jurgens nas páginas de Superman é um prato cheio para quem seguiu o trabalho do artista à frente do personagem durante quase uma década, mesmo que o roteiro não faça jus a seu talento.

A interpretação atual do Homem de Aço difere daquela a que os leitores se acostumaram ao longo do tempo, mas tem tudo para conquistar os fãs.

Já em Action Comics, um Rags Morales cada vez mais solto e com muita desenvoltura ilustra as aventuras do jovem Kal-El, seguro, determinado e buscando seu lugar no mundo. Mas é triste constatar que, para o leitor atento da nova fase de Superman, esta edição chega com sabor de comida velha e requentada.

Classificação

2,5

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