Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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SUPERMAN & BATMAN # 31

1 dezembro 2008


Autores: Inimigos entre nós - Mark Verheiden (texto), Joe Benitez (desenhos), Victor Llamas (arte-final) e Guy Major (cores);

Coroa de espinhos - Kurt Busiek, Karl Kesel (texto), Phil Winslade, Butch Guice (arte) e Pete Pantazis (cores);

Exame final - Judd Winick (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owens (arte-final) e Guy Major (cores);

O lado negro do verde - Keith Champagne (texto), Patrick Gleason (desenhos), Prentis Rollins (arte-final) e Moose Baumann (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: Inimigos entre nós - Superman enfrenta Batman para livrá-lo do domínio das pedras negras alienígenas. Juntos, os heróis vão enfrentar Despero, para acabar de vez com a invasão.

Coroa de espinhos - Ao tentar salvar Vulko e Nenomi, o Aquaman original descobre que sua autoridade real não vale nada na Grande Barreira de Corais. E mais: a primeira luta contra o Tubarão-Rei. Esta história se passa anos antes da cronologia corrente.

Exame final - Para finalizar seu treinamento, Arqueiro Verde vai à luta contra um exército de matadores.

O lado negro do verde - Domínions, durlanianos, khúndios... As raças que invadiram a Terra nos anos 90 estão se mexendo de novo - e Guy Gardner e a Tropa dos Lanternas Verdes estão no meio delas.

Positivo/Negativo: Os quadrinhos de super-heróis têm suas idiossincrasias, e uma conseqüência comum delas são as tramas de baixa qualidade. O resultado disso chega a ser bizarro: uma revista mix cuja pior história é justamente a de seu carro-chefe.

O desfecho de Inimigos entre nós é de doer. O texto é piegas, lotado de clichês, meloso. Mark Verheiden, que chegou aos quadrinhos por conta de sua carreira em boas séries de TV, revela nesta edição seu talento para escrever soap operas.

O ápice é a própria página final - além de brega, é absolutamente sem propósito. Soa como um mero tapa-buraco. O roteiro erra tanto a mão que consegue até camuflar a boa solução para o confronto: a idéia de que os ETs admitem seus erros e saem constrangidos é bacana.

De quebra, a história rendeu uma das capas mais feias da revista. Phil Jimenez, Andy Lanning e Moose Baumann já tinham errado na edição anterior, mas desta vez se superaram. É uma arte simplesmente medonha.

Já as três histórias da seqüência são bem melhores - e suas capas, publicadas no interior da revista, também.

O destaque vai para Aquaman. A história é uma prova de que a versão clássica do herói pode render, sim, boas aventuras, se estiver na mão de gente competente. A trama se passa na Grande Barreira de Corais, região próxima à Austrália, e reforça a idéia de que há uma geopolítica nos reinos submarinos - filão que pode ser explorado ricamente, até mesmo como metáfora do mundo real.

O arco da Tropa dos Lanternas Verdes que se inicia nesta edição, sob nova equipe criativa, também promete. Logo de cara, leitores tarimbados reconhecerão as raças alienígenas: elas tentaram conquistar a Terra na maxissérie Invasão, datada do começo dos anos de 1990. Por enquanto, não dá para sacar se a retomada dos conceitos será ou não bem-sucedida, mas, a favor da trama, está o fato de que a série original foi bem bacana.

A série do Arqueiro Verde também se salva. Ao conectar o arco, que se desenvolve no passado, ao presente do personagem, Winick acerta a mão. Ao lado de McDaniel e Owens, dois craques da ação, faz uma boa história de aventura.

Classificação:

4,0

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