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TEX # 444

1 dezembro 2006


Título: TEX # 444 (Mythos
Editora
) - Revista mensal
Autores: Mauro Boselli (roteiro), Alfonso Font (desenhos) e Claudio Villa (capa).

Preço: R$ 4,90

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Outubro de 2006

Sinopse: A dama do Colorado - A busca do pastor Charles pela linda Colorado Belle, sua irmã que largou a família no Leste e foi para o Oeste ser dançarina de saloon, e a perseguição incansável de Tex e Kit Willer a uma horda de assassinos se confundem nesta aventura carregada de sentimentos e ideais.

Ao chegar numa cidade-fantasma, Kit se depara com sensações enigmáticas, percepções fantasmagóricas e misteriosas, pela proximidade com a bela mulher que, envolta em suas fobias, tem seus dias e noites traumatizadas pela passagem dos bandidos e pela solidão.

Enquanto Tex salva o pastor Charles da execução, os bandidos utilizam de muitos ardis e dominam uma caravana de colonos de forma simples, infiltrando dois falsamente meigos viajantes. O resultado é terrível: a morte dos adultos a sangue frio, o saque de seus bens e a escravização de um casal de garotos, para servir de moeda de troca com os índios Utes.

Juntos, Tex e Kit elaboram um plano para tirar os jovens das mãos dos índios e depois seguir atrás do bando de Deadman Dick. Mas a coisa não será tão simples.

E para o desfecho da aventura ficam algumas perguntas: como será o encontro do Pastor Charles e da belíssima Colorado Belle? Por que ela decidiu ficar para trás na cidade-fantasma?

Positivo/Negativo A capa é um pouco confusa, devido à grande quantidade de informações que não dizem muito. Gráfica e editorialmente (cartas, capas dos próximos lançamentos), a revista está perfeita.

O roteiro de Boselli se diferencia dos de Claudio Nizzi em muitos pontos, mas o principal é a inclusão de personagens ricas com histórias próprias e que precisam da ajuda do Tex. Os diálogos do herói estão bastante fiéis ao seu estilo. O ranger sempre sabe usar os fatos a seu favor, como quando contracena com os índios.

Embora o tema seja centrado na figura da Colorado Belle, há vários fatos distintos que levarão ao detalhamento e à solução da busca realizada pelo pastor, com as respostas para os dilemas da bailarina, entranhados em diversos fatos anteriores à narrativa.

Assim, Boselli conduz o leitor, do começo ao fim, para dentro da história. E consegue despertar a ansiedade pelo desfecho da trama. As elucubrações de Kit no início, sozinho em Yellow Sky, e a conversa com o pai sobre a vida de ranger são pontos altos, por fazerem com que o leitor conheça melhor os personagens.

No entanto, quando os componentes da caravana são massacrados a sangue-frio ficou dissonante os bandidos colocaram as crianças na carroça para não assistirem. Afinal, se eram homens sem qualquer tipo de sentimento...

Na arte, o Tex de Font é bem diferente. O rosto é afilado e passa a sensação de ser mais jovem. O desenhista alterna bons e maus momentos, mas não compromete. Ficou interessante a mudança no posicionamento do chapéu adotado por Kit Willer, deixando a testa sempre à mostra.

Apenas uma observação quanto à adaptação do texto: o uso de expressões regionais pelos Willer soa estranho. Afinal, no Velho Oeste, alguém dizer "Aí é que a porca torce o rabo" ou "Perseguir criminosos de cabo a rabo no Oeste" não era comum.

Pode-se esperar um grande desfecho para esta aventura.

 

Classificação:

4,0

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