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THE SPIRIT # 2

30 maio 2009


Autores: Darwyn Cooke (roteiro e arte), J. Bone (arte-final) e Dave Stewart (cores).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Julho de 2008

Sinopse: Ressurreição - O nome de um suspeito de assassinato faz Spirit se lembrar da noite em que morreu e da origem do herói mascarado.

Duro feito cetim - Spirit e Silk Satin estão acorrentados um ao outro e perdidos em um deserto. Como vão sairão dali? E como foram parar nessa enrascada?

Positivo/Negativo: Que o Spirit de Darwyn Cooke não é o de Will Eisner, se vê logo pelos créditos na capa.

A expectativa em torno do autor que aceitou o desafio de reviver editorialmente o personagem era enorme. Mas faltou lembrar: Cooke não é Eisner. E não tenta ser, que fique claro.

O que torna o Spirit de Eisner genial é muito mais sua forma (a arte, os enquadramentos, a sequência narrativa) do que o conteúdo. O herói é um detetive mascarado com "ação, mistério e aventura", como está na chamada da capa desta edição.

Bem menos arrojado na forma narrativa, Darwyn Cooke cria belas histórias com bastante ação, mistério, aventura e - por que não? - romance. Em Ressurreição, o cruzamento das cinco vozes narrativas nos recordatórios, adicionado aos diálogos e à ação visual cria uma agilidade interessantíssima, dada a quantidade de texto da trama.

A arte de Cooke está, como sempre, muito eficiente. Destaque especial para o trabalho de colorização de Dave Stewart, que imprime mais dinamismo às cenas de ação e peso às expressões dos personagens. Ele também usa diferentes tons para marcar variações de tempo, como em Ressurreição, ou lugares diversos, como em Duro feito cetim.

Aliás, a segunda história da edição se revela uma das melhores escritas por Cooke para The Spirit. A agente da CIA Silk Satin é a verdadeira heroína da aventura, relegando Spirit ao segundo plano. Essa ideia é reforçada pela narração ser feita pela bela Satin.

A estrutura escolhida por Cooke, colocando os fatos que aconteceram antes no meio da história, é excelente para manter a expectativa do leitor. Uma HQ de aventura simples, com arte e cor de bom nível e com roteiro competente. Como uma história do Spirit deve ser.

Por fim, uma informação adicional: Silk Satin chama Spirit de Gainsborough, que foi um pintor inglês do período barroco, conhecido, principalmente, pela obra Menino azul. Piadinha sofisticada, resolvida pela dica da própria personagem: "Procure no Google."

 

Classificação:

4,0

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