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THOR – O RENASCER DOS DEUSES

1 dezembro 2011

THOR - O RENASCER DOS DEUSES

Editora: Panini Comics - Edição especial

Autores: J. M. Straczynski (roteiro), Olivier Coipel (desenhos), Mark Morales (arte-final) e Laura Martin e Paul Montes (cores) - Originalmente em Thor # 1 a # 6.

Preço: R$ 42,00

Número de páginas: 160

Data de lançamento: Abril de 2011

 

Sinopse

Resgatado do esquecimento pós-Ragnarok por seu alter ego mortal, o Dr. Donald Blake, o deus nórdico do trovão retorna ao panteão dos grandes heróis da Marvel.

Juntos, eles devem resgatar o legado do mítico reino de Asgard e despertar os heróis imortais da Cidade Dourada, mesmo que o mundo não os queira de volta.

Positivo/Negativo

Como explicam, de forma bastante satisfatória, os textos que abrem este álbum, Thor estava morto antes desta história. Mas como no universo de super-heróis o "bater de botas" jamais é definitivo, alguém precisaria trazer o Deus do Trovão ao Universo Marvel.

Para isso, a "Casa das Ideias" escalou o roteirista J. M. Straczynski, que costuma ser muito elogiado no início de seus trabalhos e achincalhado no final deles. E, ao menos nas seis histórias que constam deste volume, o autor se sai bem.

É verdade que o conceito de os deuses estarem "adormecidos" em formas humanas não é nenhuma novidade (a minissérie Os desafios de Shazam, da concorrente DC, que o diga), mas a história é bem contada, tem uma levada interessante e deixa o leitor com vontade de conferir logo o desfecho.

Há momentos bacanas, como o ressurgir de cada deus, Asgard flutuando a poucos metros do solo, em Oklahoma, a dualidade de Thor e Donald Blake, o humor em determinadas cenas oriundas do convívio com os novos "vizinhos" humanos e, especialmente, o diálogo do Deus do Trovão com o Homem de Ferro e a consequente surra que o alter ego de Tony Stark leva.

E aí está o principal vacilo deste belo álbum. Na tensa conversa dos dois ex-amigos, Thor menciona o fato de Stark ter traído seus antigos companheiros e clonado o seu corpo "morto". Isso aconteceu nos eventos da saga Guerra civil, mas não há uma nota editorial sequer para contar isso ao leitor.

Ora, com o filme Thor sendo tão visto nos cinemas, algum espectador que não lê quadrinhos habitualmente pode se interessar por adquirir esta edição de visual tão bacana. No entanto, ao chegar ao diálogo de Thor e Homem de Ferro, ele não vai entender nada.

E vale lembrar: Guerra civil também tem uma versão encadernada nas livrarias. Será que uma notinha editorial não geraria em algum desses novos leitores o desejo de conferir este outro encadernado?

Uma pena, pois, tirando isso, a Panini fez um bom trabalho, que tecnicamente tem só um escorregão: na quarta capa, o nome do alter ego de Thor está grafado como Donal Blake. O correto, os fãs sabem, é Donald.

Outro ponto que a editora poderia analisar é a inclusão da informação das edições em que a história saiu no Brasil - e não apenas nos Estados Unidos. Para quem se interessar, estes seis números foram publicados na revista Os Novos Vingadores # 53 a # 58, em 2008.

No quesito arte, Coipel se destaca. Ele faz páginas muito bonitas, com uma interessante distribuição dos quadros, boa narrativa e um Thor que foge do padrão clássico de beleza que o personagem exibia até então.

Como este álbum, que traz como extras as capas, inclusive as alternativas, das revistas da série, não apresenta uma história fechada e termina com um grande "continua", espera-se que a Panini aproveite o embalo causado pelo filme Thor e publique logo o segundo volume.

Classificação:

4,0

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