Autores: Mauricio de Sousa, Emerson B. Abreu e Flávio T. de Jesus (texto), José Aparecido Cavalcante, Lino Paes, Roberto M. Pereira, Mauro de Souza e Zazo Aguiar (desenhos), Cristina H. Ando, Jaime Podavin, Tatiana M. Santos e Viviane Yamabuchi (arte-final).

Preço: R$ 6,40

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Dezembro de 2008

Sinopse: A revista traz três histórias que se passam no Limoeiro, bairro em que a turminha cresceu.

Positivo/Negativo: Depois de quatro edições marcadas por robôs gigantes, magos de RPG, dimensões paralelas e inimigos mortais, a versão adolescente da Turma da Mônica voltou a se assentar no bairro do Limoeiro, onde mora.

O resultado é bem diferente - e, de modo geral, permite que o leitor explore melhor as transformações para o estilo mangá. Afinal, nas edições anteriores, as mudanças da turma estavam camufladas por uma trama pirotécnica, lotada de elementos estranhos ao universo de Mauricio de Sousa.

Sem o lado aventureiro, a revista permite que a equipe dos Estúdios Mauricio de Sousa - nesta revista, creditada do expediente - se atenha ao que sabe fazer melhor: o humor de costumes.

Das três histórias, duas funcionam muito bem.

A ressalva fica para Onze coisas que as garotas amam, que abre este quinto volume. Enrolada e óbvia demais e com enredo de menos, a HQ parece mais uma mescla de cartilha sobre meninas adolescentes com livro de auto-ajuda. Deixa a impressão ruim de ser só um subproduto do alardeado beijo entre Mônica e Cebola, mostrado na edição anterior.

Tem jeitos melhores de tirar proveito do sucesso estrondoso do affair.

Um deles, a propósito, está logo a seguir: Os meninos são todos iguais é uma história leve, divertida, ágil e bem equilibrada.

Mais do que isso: é, até agora, a história que mais e melhor explora situações que a versão original da Mônica não poderia viver. Afinal, dá pra imaginar a Turma da Mônica explorando outros mundos - aliás, histórias e filmes já retrataram isso. No entanto, Os meninos são todos iguais deixa a sexualidade dos personagens, agora adolescentes, não só aparecer, mas também ser o motor da aventura.

No mesmo espírito está a terceira e última HQ da edição, a curta Pai! Me empresta a chave do carro. É, de novo, uma trama simples, centrada no cotidiano. Mais uma vez, com dilemas que a turma infantil não viveria com tanta naturalidade.

O único problema da Turma Jovem no Limoeiro são os cenários. Sem castelos ou galáxias, há uma profusão de fundos com flores, coelhinhos, corações, bolas e afins. Eles não só são feios como, em excesso, irritam. É algo a ser corrigido nas próximas edições.

No número seguinte, conforme a deixa da revista, a Turma da Mônica Jovem volta a sair do Limoeiro. Mas é bom que os criadores tenham em mente a possibilidade de levá-los de volta às origens de vez em quando. Esta edição deixou claro que há mais e melhores histórias para serem contadas por ali.

 

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