Eis uma revista mensal divertida.

O Homem-Aranha escrito por Brian Michael Bendis mantém sua qualidade edição após edição. O clima de sessão da tarde, com muita aventura e provocação entre os personagens, faz com que cada um deles se revele e diverte o leitor ao mesmo tempo.

E o recurso mais bem empregado por Bendis, o diálogo, se faz presente na medida certa. A tradução da Panini consegue captar bem essa voz de adolescentes que a trama propõe. Ponto pra editora.

A arte de David LaFuente é leve, sem ser desleixada, casando perfeitamente com a proposta Goonies da história.

Ao fim do primeiro arco, algumas respostas são dadas e muitos ganchos estão preparados para o que vem por aí.

Em seguida, a até agora confusa Inimigo supremo, que faz questão de manter um clima de mistério na cabeça do leitor.

A equipe de arte não encanta, mas dá conta do recado. Série pra se manter sob olhar atento para ver se acontece algo interessante.

Fecha a edição, a conclusão de Vingadores.

Apesar de ter sido bem encaminhada até aqui e apresentar revelações importantes para o Ultiverso Marvel, o roteiro de Mark Millar escorrega em um problema clássico: o vilão invencível precisa ser vencido.

No caso, o Caveira Vermelha está com o cubo cósmico, artefato que lhe permite fazer tudo. Tudo mesmo. Sendo assim, ele pode simplesmente desintegrar os Vingadores e pronto.

Mas não. O personagem age como um vilão de desenho animado, gerando situações que permitem a reviravolta dos heróis e sua vitória final. Apesar disso, a história é bacana.

A próxima edição traz a estreia da série X, escrita por Jeph Loeb. Aconselha-se o leitor a manter as expectativas baixas.