Autores: Peão 502 - Greg Rucka (texto), Jesus Saiz (desenhos), Fernando Blanco (arte-final) e Santiago Arcas (cores);

Bem-vindo ao meu mundo - Bruce Jones (texto), Carlos Magno (arte) e Diogo Nascimento (cores);

Colcha de retalhos - Bill Willingham (texto), Tom Derenick (desenhos), Wayne Faucher (arte-final) e Mike Atiyeh (cores);

A nova geração - Geoff Johns (texto), Dale Eaglesham (desenhos), Ruy José (arte-final) e Jeromy Cox (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2008

Sinopse: Peão 502 - Os membros da organização terrorista Kobra suspeitam da infiltração de agentes do Xeque-Mate.

Bem-vindo ao meu mundo - Como Omac, Mike salva Vienna - e acaba se envolvendo com ela.

Colcha de retalhos - Em Metrópolis, durante uma entrevista coletiva, o Pacto das Sombras anuncia à imprensa que é oficialmente um grupo de super-heróis e propõe diretrizes para os encapados: as Leis Universais do Super-Heroísmo.

Em Budapeste, o demônio Etrigan está de volta.

A nova geração - Alguém está atacando as famílias de integrantes da Sociedade da Justiça. E o culpado é o mais antigo inimigo do grupo de heróis.

Positivo/Negativo: De todas as revistas mix com o selo DC que a Panini publica mensalmente, Universo DC é a mais hermética. Suas quatro séries exigem do leitor uma boa familiaridade com a metanarrativa da editora-mãe. As histórias vêm com cadeado - e a chave é um punhado de anos de leitura.

Novatos, portanto, tendem a ficar perdidos. Em compensação, veteranos que curtam pescar referências devem curtir a revista, ainda mais depois da reformulação por que o mix passou há alguns meses.

Como Xeque-Mate mistura diversos personagens e fases da história recente da DC, é um bom exemplo da complexidade que Universo DC oferece. Por exemplo: Sasha Bordeaux, que vem das histórias do Batman e foi afetada pela minissérie Projeto Omac (em Contagem Regressiva para a Crise Infinita). Fogo é uma super-heroína brasileira que teve destaque na Liga da Justiça metida a engraçadinha dos anos 90. Da mesma época, vêm o Xeque-Mate original e Amanda Waller, que lá atrás comandava o Esquadrão Suicida, do qual Conde Vertigo era integrante. Já o Sr. Incrível é da Sociedade da Justiça, time que também compõe atualmente o mix desta mesma Universo DC.

É uma maçaroca, mas, para o leitor mais experiente, ver todo esse grupo e mais alguns outros interagindo na mesma história é um prazer. E aí está um dos grandes méritos de Rucka, que, no arco atual, vem extraindo uma trama simples do aparente caos, sem banalizá-lo.

Peão 502 é um grande mergulho no submundo da DC e, de quebra, sutilmente atualiza a abordagem do Kobra, transformando-o em uma entidade mais próxima de uma Al Qaeda da vida e, portanto, mais temível e desafiadora.

Também vem de Projeto Omac a série mensal Omac. A história não chega a ser ofensiva de tão ruim, como foi o caso do Asa Noturna do mesmo Bruce Jones, mas simplesmente não decola.

Para complicar ainda mais a situação, esta edição não tem a arte de Renato Guedes, que vinha segurando as pontas e levava a série nas costas. Seus substitutos, um time também brasileiro, não dá conta dos ângulos ousados nem do rosto da mocinha. São vários os quadros em que os personagens parecem deformados. É uma pena.

Pacto das Sombras, depois de um começo bastante conturbado (também em Contagem Regressiva para a Crise Infinita), achou seu rumo. O novo arco de histórias começa com reviravoltas importantes e empolgantes - e, mais uma vez, com uma boa equipe de arte.

Assim como Xeque-Mate, Sociedade da Justiça é um título que usa anos e anos de cronologia para contar sua história. Geoff Johns é uma Enciclopédia DC ambulante. O roteirista usa e abusa de seus conhecimentos. E vem se apegando ao fato de que a SJA tem origem em um grupo de heróis antigos, que atravessaram gerações e deixaram família e descendentes, para compor sua trama.

O resultado é uma grande aventura, com uma surpresa arrebatadora no final. Mas, de novo, é feita sob medida para veteranos.

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