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UNIVERSO MARVEL # 10

1 dezembro 2006


Título: UNIVERSO MARVEL # 10 (Panini
Comics
) - Revista mensal
Autores: Grandes Encontros Marvel - Robert Kirkman (roteiro) e Scott Kolins (desenhos);

Quarteto Fantástico - Mark Waid (roteiro) e Mike Wieringo (desenhos);

Hulk - Bruce Jones (roteiro), Darick Robertson (desenhos da primeira história) e Doug Braithwaite (desenhos da segunda história).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento:Maio de 2006

Sinopse: Grandes Encontros Marvel - A surpreendente revelação da identidade do Dr. Destino dá a Stark a chance de derrotar o Quarteto, mas ele ainda tem de passar pelo Dr. Estranho.

Quarteto Fantástico - Galactus tem um novo arauto: Johnny Storm. Para resgatá-lo, o Quarteto precisará de uma ajuda cósmica.

Hulk - A teia de mentiras envolvendo Bruce Banner chega ao fim, com conseqüências terríveis para todos os envolvidos.

Positivo/Negativo: Grandes Encontros Marvel continua interessante, trabalhando bem várias frentes narrativas e, aos poucos, interligando-as. Foi uma grande sacada a arma de Tony Stark que tira temporariamente os poderes do Quarteto, mas a continuação da cena, com a luta entre ele e o Dr. Estranho é fraca, não ficando claro o que aconteceu e como Stark venceu.

Outra coisa esquisita foi o resumo da edição anterior, no qual está escrito que o Wolverine e o Aranha tiveram uma batalha com o pacato estudante Paul Petterson. Mancada brava, pois esse rapaz é um assassino em série que quase detonou os heróis!

Kollins continua com seu trabalho impactante nas cenas de ação. Ele dá intensidade às lutas e retrata bem a ferocidade de personagens como o Hulk. Contudo, ainda peca em cenas estáticas, por não se esforçar em trabalhar as feições dos personagens como são tradicionalmente retratadas, deixando-os reconhecíveis apenas por detalhes mais marcantes.

Quarteto Fantástico está divertido. Com Sue e Johnny se adaptando aos novos poderes e as lembranças sobre Johnny, para dar aquele sentimentalismo necessário nas história familiares.

Os desenhos de Mike Wieringo, como sempre, estão bons, principalmente na cena em que o Tocha parte em camadas o alienígena que tenta invadir a nave de Galactus e depois o junta antes de ele morrer.

Aparentemente, a trama de espionagem que se arrastou por mais de um ano em Hulk, enfim, acabou. Como revelado na edição anterior, o mandante da Base e orquestrador de toda a confusão foi o Líder, que não passava de um cérebro em um pote precisando de um corpo.

Para isso, ele arquitetou uma complexa trama que tinha a intenção de, aos poucos, esgotar mentalmente Banner, para que pudesse dominá-lo. A idéia não é ruim e no decorrer da história houve algumas edições muito boas.

No entanto, quem acaba cansado mentalmente no final é o leitor, que já não agüenta mais a mesma situação sendo mexida e remexida.

Nas ultimas edições acontecem duas situações que merecem destaque. A primeira a queda do helicóptero de Betty e Nadia, que poderia ter sido facilmente impedida pelo Homem de Ferro - ele não fazer nada foi mais uma das forçadas de barra do roteirista.

E a outra é o final, com Betty gritando com Banner, chamando-o de horrível, pervertido e cruel. Se por um lado ela não falaria isso por saber que Bruce não teve culpa, por estar dominado mentalmente, o impacto da cena deu um desfecho impactante, justificando a fala em prol da intensidade narrativa.

Os desenhistas fazem um bom trabalho tanto ao retratar o clima da história quanto em dar uma consistência visual à arte. Como eles alternaram as edições entre si, fazendo duas cada um, normalmente se esperaria uma mudança no estilo, mas ambos conseguiram aproximar seus estilos e não confundir o leitor.

 

Classificação:

4,0

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