Confins do Universo 203 - Literatura e(m) Quadrinhos
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UNIVERSO MARVEL # 31

1 dezembro 2008


Autores: Quarteto Fantástico - Dwayne McDuffie (roteiro) e Mike McKone (desenhos);

Motoqueiro Fantasma - Daniel Way (roteiro) e Richard Corben (desenhos);

Novos Thunderbolts - Fabian Nicieza (roteiro) e Tom Grumett (desenhos);

Hulk - Greg Pak (roteiro) e Carlo Pagulayan (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Janeiro de 2008

Sinopse: Quarteto Fantástico - Depois da Guerra Civil, o grupo precisa decidir qual será o seu caminho. E, nesta edição, que começa com uma espécie de retrospectiva da equipe pelos olhos de outros personagens, será decidido o futuro do Quarteto.

Novos Thunderbolts - Zemo e o Grão-Mestre estão em uma batalha decisiva pelo controle do poder da Fonte. O duelo poderá destroçar a Terra se os Thunderbolts não agirem rapidamente.

Motoqueiro Fantasma - Johnny continua caçando as encarnações de Lúcifer, que está cada vez mais poderoso. E mais uma volta ao passado de Johnny Blaze.

Hulk - O Rei Vermelho está em guerra contra o Hulk e não se importa em destruir o próprio planeta para detê-lo. O que o vilão não sabe é que o Golias Esmeralda está cada vez mais furioso e, portanto, mais forte.

Positivo/Negativo: Universo Marvel é um título pra lá de irregular. Volta e meia tem uma história muito boa, mas, no geral, o mix é fraco.

Nesta edição, bem quando Hulk poderia empolgar, Greg Pak faz uma narrativa confusa. Juntando um texto com cortes de cena bruscos e um desenho que às vezes não ajuda, fica difícil acompanhar as batalhas. Volta e meia, o leitor se vê perdido em uma cena que não dá para saber como começou ou acabou.

Há uma ou outra boa idéia, como a criatura da Ninhada contando a história do Hulk como um conto de fadas e toda a questão religiosa do planeta. Contudo, no geral, a trama deixa a desejar.

Na seqüência, outra história péssima de Motoqueiro Fantasma. Daniel Way se supera a cada número. A trama quase não evolui. E o autor ainda quer mexer na origem do personagem...

A arte é um diferencial que, dependendo do gosto do leitor, pode salvar a revista. Richard Corben não agrada o grande público, mas tem seus méritos. Seu desenho é expressivo e guarda uma carga de caricatura que ajuda a representar os personagens. No entanto, não funciona bem nas cenas de ação. O artista usa uma técnica de pontilismo que, junto com as cores, gera um resultado um pouco confuso.

A outra bomba da edição é Novos Thunderbolts. O grande plano de Zemo é "chupado" de Dragon Ball Z: ele pede que todos no planeta levantem as mãos e cedam sua energia para ele.

Como se não fosse suficiente, no meio de uma batalha cósmica sem precedentes com uma energia descomunal envolvida, Zemo mata o Grão-Mestre, um ancião que está vivo e acumulando poder desde a criação do universo, usando... uma pistola alemã da Segunda Guerra.

Se isso não bastar para demonstrar a ruindade do roteiro, resta dizer que, depois de adquirir o poder supremo se apossando de toda a energia na Terra, o poder da Fonte, além dos dons que já possuía, tudo que bastava para Soprano derrotar o então ser mais poderoso do Universo era cantar uma nota.

Depois disso, o Atlas usar seu corpo de rolha para tampar um "burraco de energia cósmica" é um final quase normal.

Fechando a revista, uma história morna de Quarteto Fantástico. Dwayne McDuffie faz uma retrospectiva do grupo e enrola para mostra a nova formação: Coisa, Tocha Humana, Pantera Negra e Tempestade. A mudança ocorre porque Reed e Sue dão um tempo para reconstruir o casamento.

Não parece, nem de longe, algo que durará muito. Também não faz sentido imaginar que só porque quatro pessoas com poderes se reúnem eles podem ser o Quarteto Fantástico. Mas não dá para julgar antes de ver as histórias que virão.

Classificação:

4,0

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