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VERTIGO # 28

1 dezembro 2012

VERTIGO # 28

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Razões para se alegrar (Hellblazer # 203 e # 204) - Mike Carey (roteiro), Leonardo Manco (arte) e Lee Loughridge (cor);

A tumba do cavaleiro de ferro (Joe the barbarian # 8) - Grant Morrison (roteiro), Sean Murphy (arte) e Dave Stewart (cor);

Você vê o que eu vejo? (House of Mystery Annual #01) - Matthew Sturges e Matt Wagner (roteiro), Luca Rossi e Amy Reeder Hadley (desenhos), José Marzán Jr. e Richard Friend (arte-final) e Lee Loughridge, Dave McCaig, Laura Allred (cor);

Extremamente solitário (Scalped # 28 e # 29) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte), Giulia Brusco (cor).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Março de 2012

 

Sinopse

Razões para se alegrar - Os filhos de Constantine continuam tocando o horror em Londres e vão atrás da sobrinha do mago inglês. Também se revela quem é o misterioso aliado de John Constantine. Final do arco.

A tumba do Cavaleiro de Ferro - Joe chega até o Cavaleiro de ferro. A profecia do menino que morre se cumprirá? Final da série.

Você vê o que eu vejo? - Último passeio de Fig pelo universo Vertigo. Desta vez, a visitada é a Madame Xanadu. Especial anterior ao encerramento dos eventos na edição # 24.

Extremamente solitário - Finalmente é revelado o que aconteceu entre Gina Cavalo Ruim, Apanhador e Lincoln Corvo Vermelho, no passado. Enquanto isso, no presente, Dashiell Cavalo Ruim foi involuntariamente recrutado para ajudar no assalto ao Cassino de Corvo Vermelho. Final do arco.

Positivo/Negativo

Os editores da Vertigo encaminharam todos os títulos para que chegassem a um momento conclusivo neste número, e poderem começar, na edição # 29, com uma nova série e quatro novos arcos. Essa jogada, além de atrair a chegada de novos leitores, baliza o lançamento da assinatura da revista.

Portanto, as duas séries que pegaram uma folga, Casa dos Mistérios e Vampiro Americano, se juntarão à minissérie em nove partes, O homem do espaço, de Brian Azzarello e Eduardo Risso - a dupla de 100 Balas -, a Escalpo e a Hellblazer.

Apesar da boa intenção de fechar o arco, há um certo requinte de crueldade da Panini em colocar o leitor diante de tantas páginas do Hellblazer de Mike Carey. A passagem do inglês pelo título é longa e a cada edição confirma-se mais o bordão "não tem valido a pena".

A arte de Leonardo Manco é ótima e tem conduzido bem essas tramas pelo terror, porém a premissa dos filhos de Constantine é absurda demais. Mês que vem, arco novo, mas ainda dentro dessa saga maior dos rebentos demoníacos do mago inglês.

Joe, o Bárbaro chega ao final. A arte de Sean Murphy foi o grande destaque, que investe em um dos temas favoritos de Grant Morrison: a mescla entre realidade e ficção e de que forma essa ficção pode alavancar a realidade.

Infelizmente, de premissas boas o inferno das histórias está cheio. O problema aqui foi o roteiro, ou seja, a relação entre as cenas e a distribuição das ações pelas páginas. Com toda a cara de não servir como série mensal, parece se sair melhor como trabalho coletado. Mas nem isso reduziria a obviedade e o didatismo de muitos trechos.

De se espantar falar em redundância quando se trata de Morrison, considerado por alguns um autor de difícil assimilação e até experimental - seja lá o que experimental queira dizer.

Na sequência, um respingo de Casa dos Mistérios do número passado. Uma história bacana, com arte bonita, publicada nos Estados Unidos na edição anual do título. No todo, foi divertida e serviu de catálogo sobre o que mais se produz na linha Vertigo. O ruim é o leitor não saber se coisas como Eu, Zumbi aportarão por aqui.

Se foi difícil para o leitor suportar 40 páginas de Mike Carey, a redenção é que o mesma quantidade é dedicada a Escalpo, a melhor série do gibi desde o seu começo.

Muitas revelações quanto ao passado dos personagens, na competentíssima arte de R.M. Guéra. É interessante notar o deslocamento que Jason Aaron fez no protagonista do título, Dash Cavalo Ruim. Ele tem sido um coadjuvante nas últimas edições. Mas isso não quer dizer que não seja atingido pelas modificações impostas pela trama.

Escalpo é uma série tão interligada que não importa a boa-vontade da Panini em começar arcos com ela: o leitor precisa ler todas as HQs até aqui. Valia a pena pensar em um encadernado das primeiras edições.

E a melhor mensal da DC no Brasil mantém seu posto. E a perspectiva é que as coisas melhorem ainda mais com a estreia de O homem do espaço.

 

Classificação:

4,0

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