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VERTIGO # 33

1 dezembro 2012

VERTIGO # 33

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Mundo Roído (Scalped # 34) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco e Trish Mulvihill (cor);

"Atos e homem" (Spaceman # 5) - Brian Azzarello (roteiro), Eduardo Risso (arte) e Patricia Mulvihill (cor);

Cadáver esquisito (House of Mystery # 25) - Bill Willingham, Dave Justus, Paul Levitz, Alisa Kwitney e Matthew Sturges (roteiro), Luca Rossi (desenho), José Marzán Jr. (arte-final) e Lee Loughridge (cor);

Corrida da morte (American Vampire # 23) - Scott Snyder (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cor);

Na terra para onde vão os mortos (Hellblazer # 210) - Mike Carey (roteiro), Leonardo Manco (arte-final) e Lee Loughridge (cor).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Agosto de 2012

 

Sinopse

Mundo roído - Dashiell Cavalo Ruim e Lincoln Corvo Vermelho tomam atitudes drásticas. Final do arco.

"Atos e homem" - Orson continua em fuga para proteger Tara.

Cadáver esquisito - Edição especial cheia de roteiristas convidados. Um caçador de corações puros chega à Casa dos mistérios.

Corrida da morte - Conheça a origem de Travis, o matador de vampiros.

Na terra para onde vão os mortos - John Constantine e Nergal andam pelo inferno, mas o demônio guardou uma surpresa.

Positivo/Negativo

A revista começa em ritmo alucinante.

Escalpo mostra de que forma se pode fazer ganchos entre histórias sem apelar, se mantendo na tradição do folhetim de aventura. Claro, é preciso que se diga que a série é muito mais violenta que as tradicionais publicações seriadas do começo do Século 20.

Em seguida, a HQ de Brian Azzarello e Eduardo Risso, que continua a se ajeitar na cabeça do leitor, trazendo um elemento de cada vez. É bastante original a maneira que o roteirista desenvolve a série e arte de Risso é sempre um espetáculo de narrativa.

A terceira história da revista é Casa dos mistérios. O habitual é que a série traga um desenhista convidado que será responsável por uma trama curta. Desta vez, a equipe de arte é a responsável pela revista mensal e os convidados são os escritores.

Matthew Sturges, como explica no texto ao final da história, usou um jogo surrealista de narração chamado Cadavre Exquis, no qual um autor continua a história iniciada por outro.

A versão do movimento surrealista tinha as peculiaridades de não permitir que se visse o que o autor anterior escreveu, ideia que sensatamente Sturges descartou.

Dessa maneira, cinco roteiristas continuam a história do ponto em que ela parou anteriormente. Bill Willingham, de Fábulas, a inicia e Sturges a encerra.

A dinâmica da história, assim como a proposta, é genial. Uma pena que a Panini tenha caído no erro de falso cognato. "Cadavre" é "cadáver" e "exquis" é algo "saboroso, delicioso" e não "esquisito", como está na revista.

O próprio nome do jogo teria surgido de maneira espontânea, algo tão valorizado pelos surrealistas. O resultado final é uma bela história.

A penúltima HQ é a aventura Vampiro americano, nos anos 1950. O traço de Rafael Albuquerque dá toda a dinâmica que a trama de Scott Snyder precisa.

Encerra a edição John Constantine em sua longa caminhada pelo inferno. Até aqui a narrativa foi bem, mas a apreensão do leitor fica para a próxima edição, pois é justamente nas conclusões que Mike Carey tem se saído mal.

 

Classificação:

4,0

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