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X-MEN EXTRA # 74

1 dezembro 2008


Título: X-MEN EXTRA # 74 (Panini
Comics
) - Revista mensal

A canção de guerra da Fênix - Greg Pak (roteiro) e Tyler Kirkham (desenhos);

Exilados - Tony Bedard (roteiro) e Jim Calafiore (desenhos);

Excalibur - Frank Tieri (roteiro) e Jim Calafiore (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Fevereiro de 2008

Sinopse: A canção de guerra da Fênix - Os X-Men seguem as gêmeas Stepford até o Mundo, umas das estações de criações do Programa Arma Extra de John Sublime.

Exilados - Proteus fugiu para o Universo 2099 e está em busca de um corpo muito poderoso. Para detê-lo, os Exilados contarão com a ajuda o Homem-Aranha daquela realidade.

Excalibur - O Fanático enfrenta seu passado e tem que tomar uma importante decisão envolvendo o poder de Cyttorak.

Positivo/Negativo: X-Men e X-Men Extra são título que oscilam bastante. Mesmo assim, há edições excepcionalmente ruins, como esta. Nada se aproveita. Os desenhos de todas as histórias são fracos demais e os roteiros vão do absurdo ao risível.

A revista começa com duas edições da minissérie A canção de guerra da Fênix. A história já começa sem propósito, pois é a continuação da mini A derradeira canção da Fênix, que deveria ser a última história da Fênix. Agora, nesta edição, Greg Pak faz uma salada mista pra lá de chata e confusa.

Como se não bastasse a Fênix voltar, o autor retoma um refugo de idéia lá do arco do Grant Morrison, o Programa Arma Extra, e trabalha com o "interessante" conceito de que as gêmeas Stepford não são cinco, mas milhares. Obviamente, elas também não são gêmeas e sim clones e, para dar aquele toque especial de novela mexicana, todas são filhas de Emma Frost.

Não se preocupe, tem uma "boa" explicação para os maiores telepatas, geneticistas, sensitivos e todos os demais super-especialistas da Mansão X nunca terem desconfiado de nada disso.

Como se não bastasse tanta ruindade, o desenho é produzido pela Top Cow. Para quem não sabe, isso significa que tem a pior característica da arte dos quadrinhos dos temerosos anos 90.

Nessa época, esse estúdio era formado por desenhistas sem o menor direito a um estilo próprio e que tentavam copiar o desenho de Marc Silvestri, Jim Lee e outras "estrelas", como se isso fosse algo que devesse ser reproduzido em massa.

Ou seja, só essas duas histórias já são motivo mais do que suficiente para passar longe desta edição.

Pra piorar, o restante da revista é desenhado pelo fraco Jim Calafiore, com seu traço fino, repetitivo e extremamente inconstante. Ele é o tipo de artista que deveria ser usado para cobrir os atrasos de outros por um mês ou dois. Por mais tempo que isso, o leitor logo vê, entre outras falhas, que todos os rostos são recortados iguais. E o visual despenca.

Além do desenho fraco, Excalibur tem outra história com a decisão do Fanático sobre o seu futuro. É interessante notar que Frank Tieri fez a revelação do passado do personagem à equipe parecer algo dramático, como se ninguém soubesse que ele sempre foi uma máquina de destruição irrefreável desde sua origem.

Exilados continua sofrendo da falta de originalidade. Agora que Tony Bedard inseriu Proteus como vilão, a fórmula do momento é apelar para o fetiche dos leitores pelas realidades da Marvel que saíram de circulação há algum tempo. Antes foi o Novo Universo; agora é o Universo 2099, que trazia versões futuristas dos heróis da editora.

Então, se você tem saudades dessa época, é melhor tirar o pó da sua coleção de gibis do que ler esta história, que continua com sua receita narrativa enfadonha.

Classificação:

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