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X-MEN EXTRA # 75

1 dezembro 2008


Autores: A canção de guerra da Fênix - Greg Pak (texto), Tyler Kirkham (desenhos), Sal Regla, Jay Leisten (arte-final) e John Starr (cores);

Colega em apuros - Chris Claremont (texto), Scot Eaton (desenhos), John Dell (arte-final) e A. Crossley (cores);

Turnê mundial - 2099 - Tony Bedard (texto), Jim Calafiore (desenhos), Mark McKenna (arte-final) e Tom Chu (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2008

Sinopse: A canção de guerra da Fênix - As gêmeas Stepford são, na verdade, parte da Arma XIV. E os X-Men precisam enfrentar a Fênix mais uma vez.

Colega em apuros - Nocturna, membro do Novo Excalibur, sofre um derrame. Sua fisiologia diferente e uma viagem de Noturno ao espaço complicam o tratamento.

Turnê mundial - 2099 - No Universo 2099, os Exilados precisam enfrentar Proteus e, de quebra, o Hulk de lá.

Positivo/Negativo: Os mutantes da Marvel são personagens populares. Já renderam três filmes, um punhado de séries animadas, muitos bonequinhos, incontáveis estampas de lancheiras e, principalmente, uma infinidade de histórias em quadrinhos.

Sabe-se que as séries iniciadas com X, com o Wolverine na capa ou, de preferência, a soma de tudo isso costumam ter vendas, no mínimo, interessantes.

As más línguas, inclusive, insinuam que os heróis mutantes dispensariam histórias de boa qualidade para atrair seus leitores. Pode ser exagero, mas o boato é corroborado pelo histórico de uma grande parte das séries X - e por uma edição de X-Men Extra como esta.

São três histórias sem propósito, com roteiros cansativos, que não levam a lugar nenhum.

A canção de guerra da Fênix, por exemplo, é de uma bobagem que tenta reformular as gêmeas Stepford, um quinteto de ninfetas telepatas criadas na passagem de Grant Morrison pelos mutantes.

Não fica muito claro o porquê da alteração: afinal, as mocinhas até eram figuras charmosas por trás de todo o mistério em volta delas. Graças a Pak, contudo, as Stepford viraram mais uma leva saída da fábrica de mutantes enlatados que virou o tal programa Arma Extra.

Piora ainda o fato de que a arte é feita por um time do estúdio Top Cow, que produz clones de artistas como Marc Silvestri e Michael Turner - que já eram datados nos anos de 1990, quando estouraram graças a seus desenhos que tinham ao menos o mérito de seguir uma linha sensacionalista.

O fato é que as mocinhas saem desta série com a famosa carteirinha do Clube de Clichês Mutantes da Marvel.

O traço de Scot Eaton é melhor em Novo Excalibur, mas o roteiro do veterano Chris Claremont, que acaba de voltar ao título, é chato que dói. Tudo bem que, desta vez, o escritor até moderou nos seus famosos recordatórios verborrágicos. Mas, ainda assim, a HQ é arrastada demais.

Para piorar, a trama tem um furo que é um rombo. Quando os médicos precisam entender a fisiologia de Nocturna, eles chegam a procurar os X-Men - afinal, supõe-se que haja um paralelo com o corpo do mutante Noturno.

Mas, diante da viagem de Noturno, os integrantes do Excalibur acabam desistindo. Ignoram que não é do mutante azul que eles precisam, e sim de sua ficha médica, que deve continuar na mansão de Charles Xavier.

A aventura dos Exilados no Universo 2099, que chegou a ser bem popular no Brasil há alguns anos, é pior que sem propósito: parece ter a missão de jogar uma pá de cal na versão sci-fi da Marvel. Os personagens perderam seu carisma. A trama simplesmente não cativa.

A situação da revista seria periclitante se esta não fosse uma edição atípica. Afinal, apesar das más línguas, ela tem uma coisa boa: o anúncio de que a série Surpreendentes X-Men, de Joss Whedon e John Cassaday, volta no próximo número.

Classificação:

4,0

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