Autores: Mike Mignola (texto), Pat McEown (arte) e Pamela Rambo (cores).

Preço: R$ 29,90

Número de páginas: 80

Data de lançamento: Novembro de 2007

Sinopse: A múmia hiperboreana de Azzul Gotha ressurge para assombrar os arqueólogos de um pequeno museu.

Positivo/Negativo: O campeão dos vermes está longe de ser uma obra-prima das HQs. E talvez seja justamente por causa de sua despretensão que o álbum, lançado no fim de 2007 pela Pixel, seja tão bacana.

A história é bem simples: uma múmia ancestral, calcada nas idéias de H.P. Lovecraft, se liberta em um museuzinho de terceira. Aí surge um grupo de místicos que se une aos arqueólogos para tentar restaurar a ordem.

De fato, não tem nada de extraordinário: até mesmo diletantes no gênero do terror já viram tramas parecidas com esta. A diferença é que O campeão dos vermes é uma aventura divertida, sem pretensões, com uma narrativa gostosa.

E mais: o traço de McEown, que o próprio Mignola chama de "tintinesco" em seu posfácio, garante pontos extras ao álbum. É limpo, divertido, leve e, a bem da verdade, até lembra mais o espanhol Daniel Torres do que o próprio Hergé.

Mas há um porém no álbum. É justamente o fato de que ele deu origem a uma linha de terror da Dark Horse, sua editora original, chamada justamente Zombie World. E essas histórias provavelmente não sairão por aqui - aviso dado desde já pelo próprio editor da Pixel, Cassius Medauar, na introdução.

Mesmo que a idéia da série seja publicar histórias fechadas, o fim deste volume deixa pontas evidentemente abertas para os sucessores explorarem. Depois de jogar a isca ao leitor, a editora acaba dando um banho de água fria. É uma pena.

Mesmo que fique à sombra de Hellboy, obra maior e melhor de Mignola que se passa em um universo semelhante, não se trata de material de segunda linha. É, isso sim, uma historinha empolgante, que tem clima de filme de terror da Sessão da Tarde. Merece, como todo filme do gênero, uma pipoca. E, de quebra, uma continuação.