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Martin Mystère: 35 anos do Detetive do Impossível

3 abril 2017

Intelectual. Galanteador. Bem-humorado. Versado em diversas áreas da ciência e da cultura. Com esses e outros atributos marcantes, o arqueólogo e aventureiro dos quadrinhos Martin Mystère estreou na Itália em abril de 1982.

Criado pelo roteirista Alfredo Castelli para a Sergio Bonelli Editore, o personagem conquistou os leitores com aventuras repletas de citações históricas, mistérios seculares e ficção científica, tudo temperado com muita ação e doses extras de humor.

Ao lado de seu fiel amigo e assistente Java - um homem de Neanderthal com milhares de anos de idade, encontrado em um vale no Himalaia - e da eterna noiva Diana Lombard, Martin Mistère percorre o mundo na busca insaciável por conhecimento e descobertas que podem mudar o rumo da civilização da Terra. Por isso mesmo, é combatido pelos cruéis Homens de Negro, integrantes de uma seita que luta para manter o status quo da humanidade e impede que todos saibam da existência de extraterrestres, do reino submerso de Atlântida e de vários estranhos e obscuros fatos que estão ocultos há milênios.

Outro adversário ferrenho de Martin Mystère é Sergej Orloff, seu ex-amigo e uma espécie de "Lex Luthor" bonelliano. O maquiavélico homem de negócios possui ao seu dispor as mais perigosas parafernálias tecnológicas para tentar destruir o herói.

Todos esses elementos, aliados às histórias com roteiros inteligentes e instigantes, garantiram até hoje o sucesso do Detetive do Impossível em alguns países.

No Brasil, o gibi Martin Mystére chegou em 1986, pela RGE/Editora Globo, e dois anos depois foi cancelado na edição # 13. Em 1990, a Record passou a publicar a revista, dessa vez no formato original italiano, que chegou ao fim em 1992, após 17 edições mensais. Por fim, o personagem voltou a ser publicado entre 2002 e 2006 pela Mythos Editora, totalizando 42 números da série mensal em formatinho, além de histórias avulsas nas seis edições de Seleção Tex e os Aventureiros, em 2005.

Martin Mystère também participou de alguns crossovers com outros personagens da Sergio Bonelli Editore, algo raro na editora italiana. Um desses encontros foi com Dylan Dog, no especial Última parada: Pesadelo, publicado no Brasil em 1992, pela Record. Mas permanece inédito por aqui o encontro com o herói do futuro Nathan Never.

Além dos quadrinhos, Martin Mystère enveredou para outras mídias, como os videogames e os desenhos animados. Uma série animada foi produzida na França em 2003 e mostrava os personagens com um conceito diferente do original, inclusive retratados como adolescentes - na trama, ele e Diana eram irmãos. Diversos desses episódios foram exibidos no Brasil, na década passada, pela TV Globo e pelo Nikelodeon.

As revistas em quadrinhos de Martin Mystère continuam sendo publicadas na Itália. No título regular e nas edições especiais - incluindo a série colorida -, muita história boa já foi contada. Fica a torcida para que os leitores brasileiros não continuem por mais tempo sem apreciar algumas dessas aventuras.

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