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MARVELS II – POR TRÁS DA CÂMERA # 1

1 dezembro 2010

MARVELS II - POR TRÁS DA CÂMERA # 1

Editora: Panini Comics - Minissérie em três edições

Autores: Kurt Busiek (texto), Jay Anacleto (desenhos), Brian Haberlin (cores) e Jotapê Martins e Fernando Lopes (tradução). Originalmente em Marvels - Eye of the Camera.

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Março de 2010

Sinopse

A história entrelaça os principais fatos que abalaram os personagens da Marvel nos anos 70 e 80, com a de um fotojornalista que se encontra perdido em sua vida profissional.

Positivo/Negativo

É realmente difícil pensar em uma continuação para uma minissérie que se tornou uma das mais importantes obras das últimas décadas no gênero super-heróis.

Marvels conta o surgimento dos primeiros super-heróis da "Casa das Ideias" com uma impecável narrativa de Kurt Busiek e o traço (elevado à mais pura arte) de Alex Ross. A história é contada através das lentes do fotojornalista Philip Sheldon, que, mesmo passando por altos e baixos ao conviver com as "maravilhas", crê que eles merecem um lugar na sociedade.

Em Marvels II - Por trás da câmera, o leitor é novamente apresentado à dicotomia profissional de Philip Sheldon, mais velho e experiente, porém, um tanto desiludido com a carreira de fotógrafo freelancer, por conta dos ataques que os heróis sofrem da mídia. Perdido em si mesmo e buscando respostas, Sheldon vê sua vida passar por alguns percalços até virar completamente de cabeça para baixo; tudo para que ele, então, acabe se encontrando novamente.

Com propostas de emprego que contradizem sua ética profissional e com seu estado de saúde chegando a um nível crítico, ele se agarra àquilo que o diferencia de seus colegas de trabalho: sua honestidade profissional para com o público.

A dramaticidade do personagem é interessante, mas pode não agradar a todos os leitores. Certamente quem gostou da minissérie original não se arrependerá.

Um dos pontos altos retomados é a tensão que existe entre Sheldon e Peter Parker. O veterano fotógrafo odeia o alter ego do Homem-Aranha por sempre entregar fotos do herói para J. Jonah Jameson comprometê-lo.

Na arte, Jay Anacleto deixa a desejar. Sua tentativa de mimetizar o feitio de Alex Ross é um tanto frustrante. Especialmente nos rostos e nas expressões dos personagens.

Importante notar que Philip Sheldon foi criado por Ross e Busiek. Convidado para participar do projeto, o desenhista alegou falta de tempo e, com a concepção tomando forma sem ele, não quis mais entrar para a equipe criativa. Portanto, não espere o mesmo apuro visual de Marvels.

A Panini colocou as capas originais no miolo da revista, e também aproveitou o embalo para relançar o primeiro volume da série, em capa dura.

Classificação:

3,5

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